Covid-19: Campinas planeja desativar hospital de campanha no início de agosto

Unidade instalada no Parque Itália, em parceria com empresa, tem apenas leitos de retaguarda, sem UTIs

Hospital de Campanha construído em Campinas para atender pessoas com Covid-19.
Foto: Fernanda Sunega/Prefeitura de Campinas
Hospital de Campanha construído em Campinas para atender pessoas com Covid-19.


O hospital de campanha instalado pela Prefeitura de Campinas , em parceria com uma empresa, no Parque Itália, deve ser desativado no início de agosto, conforme o informado pelo diretor da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, em coletiva na tarde desta quarta-feira (22). A estrutura tem 84 leitos de enfermaria exclusivos para Covid-19 , utilizados para casos de baixa e média complexidade, e nenhuma UTI.

Segundo Pimenta, as unidades da Rede Mário Gatti chegaram a ter, na terça-feira (21), mais de 60 leitos de retaguarda vagos, de um total de 240, o que indica uma diminuição na demanda por esse tipo de estrutura.

“O número (de casos) ainda é alto, mas já estamos vendo que os nossos leitos de retaguarda não estão todos ocupados, então é hora de começar a pensa rna desmobilização. Como estamos nesse platô alto, e o acompanhamento tem demonstrado que já não há mais pressão para os leitos de enfermaria ou de retaguarda, vamos ter condições de assumir esses pacientes que já estão internados”, afirmou o diretor.

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Além disso, o contrato com a empresa parceira da Prefeitura termina justamente em agosto. Apesar do plano, o cenário pode mudar caso os números da Covid-19 voltem a subir.

“Isso não será feito de uma maneira abrupta. Nosso contrato com a empresa que lá está vai até meados de agosto, que é quando deverá ser desmobilizado, se tudo continuar nessa mesma sequência. Estamos acompanhando todos os dias”, acrescentou Pimenta.

O hospital de campanha foi construído em 18 dias, com ajuda da ONG Expedicionários da Saúde, no Ginásio dos Patrulheiros, e está funcionando desde o dia 15 de maio.

Campinas tem direcionado para o hospital de campanha do Ibirapuera, na capital, pacientes graves de Covid-19, de outras cidades da região, que antes seriam tratados em Campinas. A diferença é que, no Ibirapuera, são atendidos aqueles que precisam ir para UTI. Para esse tipo de leito, a cidade registrou 85,33% de ocupação nesta qurta-feira.