Um ano depois, família de jovem morto a facadas em bar protesta por justiça

Andrew Silva Jaroczinski morreu após briga no bar Velho Casarão, no Centro de Campinas, em fevereiro de 2020

Um ano depois, família de jovem morto a facadas em bar protesta por Justiça
Foto: Reprodução: ACidade ON
Um ano depois, família de jovem morto a facadas em bar protesta por Justiça

Um ano após a morte do telefonista Andrew Silva Jaroczinski, de 19 anos, na região central de Campinas , a família ainda busca Justiça para o caso. Nesta terça-feira (9), familiares e amigos da vítima fizeram um protesto às 15h em frente ao Palácio de Justiça pedindo a conclusão do processo e prisão dos réus.

A morte do jovem ocorreu no dia 10 de janeiro de 2020. Ele foi esfaqueado após uma discussão no bar Velho Casarão. Segundo a Polícia Civil, a briga foi causada na época porque um dos garçons derrubou ketchup na calça de um cliente (leia mais abaixo). 

A ESPERA DO JULGAMENTO

A família ainda espera uma data de julgamento do caso. "Foi um ano de muita dor, um ano de decepção. Vejo vários casos de assassinatos que aconteceram posteriormente e já têm pessoas presas e condenadas. Como a pandemia afetou só o caso do meu filho?", disse a mãe de Andrew, Aparecida de Fátima Silva Araújo.

Ainda segundo ela, um dos suspeitos citados na investigação não mora mais no endereço que havia fornecido. "Nem assim a Justiça pede a prisão preventiva. Ninguém pode garantir que ele se encontra ainda no Estado (de São Paulo)", afirmou.

Sobre o estado emocional, Aparecida disse que o coração dela apenas bate. "Só bate, né? Tenho mais dois filhos, mas acabou. Meu filho foi assassinado injustamente. Ele é assassinado todos os dias por essa impunidade. Eu me pergunto onde está a justiça", disse ela. 

Jovem acabou morrendo em hospital. (Foto: Arquivo Pessoal)

O CASO

O caso ocorreu no dia 10 de janeiro de 2020. O jovem morreu a ser esfaqueado após uma discussão no bar Velho Casarão. Segundo a Polícia Civil, a briga foi causada na época porque um dos garçons derrubou ketchup na calça de um cliente.

De acordo com o delegado Hamilton Caviola responsável pela investigação do caso, o jovem não teria participado dessa primeira briga, mas acabou envolvido na segunda, que ocorreu fora do estabelecimento comercial. Os réus do caso são o dono do bar Casarão e dois funcionários, que seguem em liberdade.

À polícia, Osmar Poris da Silva, de 37 anos, confessou o crime. Ele é irmão de um dos proprietários do bar. Ele trabalhava no local como garçom. Segundo o delegado, Silva confessou o crime e alegou que agiu por emoção, após ver o irmão ser agredido por Andrew. Após a confissão, ele disse estar arrependido e afirmou que agiu no "calor da emoção".

REPERCUSSÃO

Com a repercussão do caso, o bar chegou a ser depredado e a família criou uma petição on-line para pedir que a Polícia Civil acelerasse as investigações do caso, com o pedido de prisão do acusado. Nesta quarta-feira (9), o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo informou que "o processo está na fase de citação dos réus" e "eles estão em liberdade".