Vereadores aprovam projeto que insere Campinas em consórcio de vacinas

PL, de autoria do Poder Executivo, agora segue para sanção do prefeito

Vereadores aprovam projeto que insere Campinas em consórcio de vacinas
Foto: Reprodução: ACidade ON
Vereadores aprovam projeto que insere Campinas em consórcio de vacinas

Os vereadores de Campinas aprovaram por unanimidade o PL (Projeto de Lei) que coloca a cidade no consórcio público para a aquisições de vacinas contra a covid-19 . O projeto foi votado em duas sessões na manhã de hoje (11), e recebeu 30 votos favoráveis. O texto agora segue para sanção do prefeito Dário Saadi (Republicanos).

Denominado Conectar, o consórcio é coordenado pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) e autoriza a abertura de dotação orçamentária própria para a compra dos imunizantes. 

O presidente da Câmara Municipal, vereador Zé Carlos (PSB), citou a votação de emergência como forma de agilizar o processo.

"O próprio fato de a Casa ter chamado reuniões extraordinárias logo após o projeto ter sido protocolado e aprovado a lei por unanimidade mostra a necessidade gigantesca que a cidade tem de agir, e está agindo, em busca não só de vacinas como de formas de combater a pandemia e os impactos dela", disse. 

O presidente da Comissão de Política Social e Saúde, Paulo Haddad (Cidadania), indicou que as medidas são necessárias frente à falta de atuação do governo federal.  

"Infelizmente medidas como essa se fazem necessárias necessário porque governo federal não foi atuante, de um modo eficiente e contundente, para que tivéssemos vacina em curto espaço de tempo. Países que agiram mais rapidamente têm hoje uma realidade muito diferente da nossa. Não é questão de se politizar a dor do próximo, mas sim de fatos que são inegáveis, estamos batendo recordes de mortalidade por esta doença nunca vistos em nosso país", pontuou.

A LEI

O Projeto de Lei 66/2021 possibilita a contratação consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. Visando, neste caso, à aquisição de vacinas para combater a pandemia de coronavírus. A lei estabelece ainda que, uma vez ratificado o protocolo, este se converte em consórcio público com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica - e fica autorizada a abertura de dotação orçamentária para a compra das vacinas.  

O CONSÓRCIO 

O coletivo pretende a partir do dia 22 de março fazer negociações de forma independente do Ministério da Saúde. O objetivo é aumentar a oferta de vacinas contra a covid no país e acelerar a vacinação. Caso a pasta federal opte por ceder a verba, as vacinas adquiridas serão incluídas no PNI (Programa Nacional de Imunização).  


Se o valor vier das secretarias municipais de Saúde, cada município receberá a cota proporcional ao total investido na compra dos imunizantes. Até o momento, 2.172 cidades aderiram ao coletivo, sendo 25 capitais, representando cerca de 142 milhões de pessoas. As cidades têm agora até o dia 19 de março para aprovar a participação nas câmaras municipais. 

Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), 17 cidades aderiram até o momento ao consórcio, segundo balanço atualizado da FNP. São elas: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, itatiba, Jaguariúna, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.