Campinas tem 210 voluntários para atuar na linha de frente da covid

Técnicos de enfermagem e enfermeiros são maioria de inscritos para trabalhar na saúde; inscrições continuam abertas

Campinas tem 210 voluntários para atuar na linha de frente da covid
Foto: Reprodução: ACidade ON
Campinas tem 210 voluntários para atuar na linha de frente da covid

A Prefeitura de Campinas tem 210 voluntários que atuam na linha de frente da Covid-19 apoiando o trabalho de servidores da Saúde. A convocação desses profissionais que não ganham para trabalhar foi feita no mês de março - mês mais letal de toda a pandemia em Campinas , com 612 vítimas da doença. Na época, o município estava com dificuldade de conseguir esse tipo de mão de obra.

A maior parte dos voluntários, segundo a Prefeitura, é formada por técnicos em enfermagem e enfermeiros. Quando a campanha em busca de profissionais foi divulgada os voluntários iriam apoiar três setores: centros de vacinação, área de urgência e emergência e unidades que atendem síndromes gripais.

A maioria deles, 164 profissionais, escolheram atuar em um dos cinco centros de imunização contra a covid da cidade. Lá, eles orientam e dão seguimento aos cadastros dos vacinados. Com a atuação dessa frente, os servidores que atuavam nestes pontos puderam ser realocados para outras unidades, como centros de saúde ou UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

No total, a Prefeitura recebeu, entre março e abril, 438 cadastros de voluntários interessados, mas pouco menos da metade estavam aptos à atividade, 210. O restante era ou não imunizado (210) ou não era elegível (27) - entre essas pessoas, havia estudantes, profissionais sem registro ou que não eram da área de saúde.

Os voluntários que tiveram o cadastro aprovado puderam atuar nos centros de vacinação e também na área de urgência e emergência das unidades que atendem síndromes gripais (leia mais abaixo). Ainda, segundo a Administração, o cadastro para participar da ação continua aberto e os interessados podem se inscrever acessando www.covid-19.campinas.sp.gov.br .

O TRABALHO

Na época da abertura do cadastro, o secretário municipal de Saúde de Campinas, Lair Zambon, explicou que uma das dificuldades do atendimento médico e hospitalar durante a pandemia era a falta de recursos humanos na cidade. Isso porque a ampliação de leitos de UTI e enfermaria exige a ampliação do número de trabalhadores - que na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), por exemplo, necessita de qualificação técnica.

Hoje, os profissionais que atuam na rede como voluntários são: assistente social (6), auxiliar de enfermagem (8). biólogo (1), biomédico (7), dentista (12), enfermeiro (38), farmacêutico (14), fisioterapeuta (18), fonoaudiólogo (7), médico (16), nutricionista (7), psicólogo (18), técnico de análises clínicas (1), técnico de enfermagem (53), terapeuta ocupacional (4).

Segundo a Prefeitura, esse voluntários estão aptos e podem ser chamados para realizarem plantões nos locais de atuação contra a covid-19. Cada plantão é de cinco horas.


LOCAIS DE ATUAÇÃO

Ao se inscrever, a pessoa pode escolher onde quer atuar: Centro de Imunização, Atendimento de Sintomáticos Respiratórios (rede básica de Saúde) e na urgência e emergência. Também é possível escolher o dia da semana e horário que prefere trabalhar.

Ao preencher o formulário, o interessado deve dar ciência de que concorda com os termos do serviço voluntário, que é sem remuneração e sem vínculo empregatício com o município.