Homem que falsificava produto antirrugas é preso em Campinas

Suspeito relatou que compra insumos da China para fabricar os produtos falsos

Foto: Reprodução: ACidade ON
Homem que falsificava produto antirrugas é preso em Campinas

Um homem de 37 anos foi preso pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) nesta terça-feira (29), em Campinas, por suspeita de fabricação e comercialização de produtos antirrugas falsificados.

Os policiais civis foram até uma casa no Jardim Guanabara após receberem denúncias sobre uma fábrica clandestina de produtos de beleza. As equipes foram até o local após autorização judicial da 5ª Vara Criminal da cidade.

No endereço do envolvido, a Deic confirmou a fabricação e a venda por redes sociais e sites. Também foi encontrado um estoque do produto, que era oferecido pela metade do preço do original, da marca La Roche-Posay.

Segundo a Polícia Civil, ao negociar as substâncias, o suspeito alega aos interessados pela compra que o produto é original e que consegue chegar ao preço exibido na internet após fraudar impostos de importação.

RECLAMAÇÕES DE CLIENTES

Ainda de acordo com as investigações, uma cliente que fez uma reclamação sobre o produto foi contestada pelo autor da falsificação, que ainda registrou um BO (boletim de ocorrência) contra a pessoa por difamação.

O homem preso confessou informalmente que adquire insumos da China e falsifica os produtos. Além disso, conta que injeta substâncias do país asiático para fazer, embalar e vender cápsulas de colágeno para a memória.

A fabricação é feita sem a presença de um responsável farmacêutico. Conforme um representante do laboratório, esta é a primeira ação da polícia no Brasil contra a falsificação do produto de beleza que ele representa.

Ele também alerta sobre o perigo de usar esse tipo de produto, já que pode causar sérios problemas à saúde e à pele por conter produtos químicos.



O suspeito foi preso por falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, com pena de reclusão de 10 a 15 anos.

"Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado", explica a Deic em nota.

O homem preso seria encaminhado à cadeia publica do 2º DP (Distrito Policial) de Campinas, onde ficará à disposição da Justiça.