Cirurgias foram realizadas no centro de manejo especialmente construído para isto.
Rodrigo Pires/DPBEA
Cirurgias foram realizadas no centro de manejo especialmente construído para isto.

A Prefeitura de Campinas, por meio do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBEA), realizou, na última semana, a cirurgia para controle reprodutivo de 29 capivaras de um dos três grupos que vivem livremente na Lagoa do Taquaral. A esterilização dos animais tem por objetivo combater a transmissão da febre maculosa por meio da redução de nascimentos de filhotes.

O manejo das capivaras começou no dia 26 de setembro, com a ceva (alimentação controlada em locais e horários específicos), passando pela captura do grupo, realização das cirurgias (vasectomia e salpingectomia) e recuperação. O processo segue em andamento com a soltura dos animais esterilizados e captura dos animais satélites, aqueles que pertencem ao grupo mas não ficam, necessariamente, juntos a ele, vivem nas proximidades.

"Vamos continuar fazendo a ceva para que esse grupo volte a se reorganizar e a frequentar o mesmo espaço, para que posamos capturar os indivíduos satélites e concluir as cirurgias desse primeiro grupo", explica o assessor do DPBEA, Rodrigo Pires.

Manejo

O manejo reprodutivo das capivaras tem por objetivo combater a transmissão da febre maculosa por meio da redução de nascimentos de filhotes. A doença é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida para as pessoas por meio da picada do carrapato-estrela, presente no ambiente e encontrado em diversos animais, inclusive nas capivaras.

Por se tratar de fauna silvestre, o manejo é solicitado e submetido a análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

Nesta primeira fase do projeto, serão esterilizadas cerca de 200 capivaras que vivem livremente no Parque Portugal (Lagoa do Taquaral), Lago do Café, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e Parque das Águas.

As cirurgias dos grupos de capivaras do Lago do Café e do Parque Taquaral são realizadas no centro de manejo especialmente construído para este fim na Lagoa do Taquaral. São dois recintos onde os animais passam pelo procedimento cirúrgico e, depois, cumprem o período de recuperação.

Outros parques receberão estruturas de centro cirúrgico móvel para otimizar o manejo e evitar o stress que seria gerado no embarque, transporte e desembarque dos animais, além de diminuir a possibilidade de dispersão de carrapatos e da própria Rickettsia.

As capivaras vivem em grupos, com uma estrutura social própria e, para evitar brigas e disputas por território, será manejado um grupo de capivara por vez, independentemente do número de indivíduos.

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