Pelo terceiro mês consecutivo, Campinas registrou queda nas mortes no trânsito em vias urbanas. Foram seis vidas salvas: 59 óbitos até outubro de 2024 e 65 no mesmo período de 2023 – uma redução de 9%. Entre as vítimas fatais pedestres, a queda foi ainda maior: 14% ou três vidas salvas. Foram 19 mortes por atropelamento até outubro de 2024 e 22 no mesmo período do ano passado.
Os dados estão detalhados no Boletim Informativo de Óbitos no Trânsito , divulgado mensalmente pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).
“Apesar dos números positivos em vias urbanas, redobramos o alerta em função das últimas mortes computadas em novembro na avenida John Boyd Dunlop. E já estamos planejando uma campanha de comunicação para reforçar a importância de respeitar a sinalização e a velocidade regulamentada”, antecipa o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.
Os pedestres representaram 32% das mortes no trânsito, na malha urbana. Os motociclistas ou garupas seguem como as principais vítimas, com 49% dos óbitos. Ainda assim, o número de outubro indica queda de 3% nas mortes desse público em vias urbanas. Foram 29 mortes neste ano contra 30 em 2023.
Ocupantes de outros veículos representaram 14% das mortes em vias urbanas. E houve queda de 11% nos óbitos – foram oito até outubro deste ano e nove no mesmo período de 2023.
Com 5% dos óbitos em vias urbanas e três vidas perdidas, o grupo de ciclistas também computou queda de 25% no total de mortes. Foram três mortes até outubro de 2024 e quatro no ano passado.
Direção após consumo de álcool lidera ranking de fatores de risco
A combinação entre álcool e direção ultrapassou o excesso de velocidade no ranking dos fatores de risco, que motivaram os sinistros em vias urbanas. Dos 39 casos analisados pelo Comitê Vida no Trânsito até outubro, 14 (36%) envolveram o consumo de bebida alcoólica e 10 (26%) a velocidade excessiva ou inadequada. Os percentuais consideram o total de sinistros analisados.
138 vidas perdidas em vias urbanas e rodovias
Com 73 vidas perdidas em rodovias, o município computou, até outubro, o total de 138 óbitos em vias urbanas e rodovias. Em seis ocorrências, ainda não foi possível identificar o local exato. O número é 7% maior do que o computado no mesmo período de 2023, quando 129 pessoas morreram em vias urbanas e rodovias do município.
Ações para salvar vidas
O trabalho preventivo realizado pela Emdec para salvar vidas no trânsito inclui obras de engenharia de tráfego (desenho de vias), fiscalização e educação para mobilidade urbana. Até outubro de 2024, a Emdec executou 183,9 mil metros quadrados de sinalização horizontal (solo), instalou 6,2 mil placas e implantou 328 rampas de acessibilidade.
Cerca de 62 mil pessoas foram impactadas por 308 ações educativas realizadas em locais com altos índices de sinistralidade e em instituições de ensino. E para desestimular comportamentos de risco no trânsito, foram realizadas 106 operações integradas de fiscalização até outubro, envolvendo a Emdec e as forças policiais, resultando em cerca de 4,2 mil infrações identificadas.
O Boletim Mensal Informativo de Óbitos no Trânsito está disponível no site da Emdec, na seção “Cadernos de Acidentalidade” .
Raio-X dos óbitos no trânsito em 2023
No último dia 21 de novembro, a Emdec lançou o Relatório Anual de Sinistralidade no Trânsito 2023 , que detalha a evolução da mortalidade no trânsito nos últimos 10 anos e traz análises aprofundadas sobre os dados de 2023. Foram 1.483 mortos no trânsito nos últimos 10 anos.
Em 2023, 159 pessoas perderam a vida no trânsito em 149 sinistros fatais – 79 (49,7%) pessoas perderam a vida em vias urbanas e 80 (50,3%) em rodovias: 83 motociclistas ou garupas, 44 pedestres, 26 ocupantes de outros veículos e seis ciclistas.