Nos dias 21 e 25 de janeiro, e vão discutir a emergência climática e o desafio da transformação ecológica.
Rogério Capela
Nos dias 21 e 25 de janeiro, e vão discutir a emergência climática e o desafio da transformação ecológica.

As Conferências Intermunicipal e Municipal de Meio Ambiente ocorrem na próxima semana, respectivamente nos dias 21 e 25 de janeiro, e vão discutir a emergência climática e o desafio da transformação ecológica. Entre os eixos a serem abordados está a adaptação e preparação para desastres, dando aos participantes a oportunidade de pensar em estratégias para gestão de crises e mitigação de desastres naturais, assim como medidas adaptativas e preventivas em resposta às mudanças climáticas globais. 

“É importante que a população participe para que possamos avançar neste debate. Tivemos no ano passado o ano mais quente da história e, em 2025, a temperatura pode aumentar globalmente em 1,5ºC. Essa realidade traz impactos importantes no dia a dia das pessoas, como queimadas que se intensificam devido à seca, chuvas intensas e em rápido espaço de tempo, causando alagamentos, além de ondas de calor que prejudicam a saúde”, destacou o secretário do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Braz dos Santos Adegas Júnior. 

Campinas já realiza diversas ações com esse foco, "mas a intensidade dos eventos climáticos extremos torna necessário propor novas medidas que possam solucionar os desafios impostos pela crise climática", pontua o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.  “Estamos construindo um Plano de Resiliência para abordar todos os desafios na área de redução de riscos e desastres e, além disso, Campinas possui um Plano Local de Ação Climática (PLAC) abrangente. É importante destacar, ainda, que os diversos setores municipais atuam de maneira integrada e sistêmica para atender a população em caso de extremos climáticos”, destaca.

Entre as medidas adotadas pela cidade estão vistorias preventivas em áreas de risco, manejo de árvores, com poda, supressão quando necessário, e novos plantios. Também são executadas obras de macrodrenagem urbana em bairros que recebem pavimentação, e na região central da cidade.  

Outras ações são executadas por meio dos Comitês da Operação Chuvas de Verão e da Operação Estiagem, que reúnem diversos órgãos do município. A partir desses grupos, diversas iniciativas já surgiram, como a instalação de painéis digitais para informar sobre áreas alagadas, fechamento regionalizado de parques por conta do risco de queda de árvores com a saturação do solo e ações de combate a incêndio. Outra atividade, esta iniciada no ano passado, foi o treinamento sobre extremos climáticos oferecido para líderes comunitários, trabalho que levou às  regiões da cidade informações sobre situações cotidianas relacionadas aos extremos climáticos, desde alagamentos e deslizamentos até como se proteger contra a dengue e outras arboviroses. 

O PLAC de Campinas foi elaborado pela Seclimas com consultoria do programa de cidades do WRI (Word Resources Institute) para mitigar as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a resiliência da cidade frente aos impactos das mudanças climáticas. O documento traz 20 ações e 96 subações para serem executadas no curto (até o ano de 2032), médio (2040) e longo prazos (2050), integrando a ação climática aos processos estratégicos de planejamento, gestão e serviços urbanos desenvolvidos pela prefeitura. Campinas é a 14ª cidade brasileira, a 3ª do estado de São Paulo e a 1ª da Bacia Piracicaba-Capivari-Jundiaí (PCJ) e Região Metropolitana de Campinas (RMC) a ter um plano que reconhece as tendências futuras e os riscos climáticos e estabelece uma estratégia para enfrentamento dos desafios. 

As conferência propõem que os participantes discutam o que deve ser feito para prevenir riscos e reduzir perdas e danos ocasionados pela mudança do clima. O debate, segundo o secretário da Seclimas, é necessário para que as políticas públicas que venham a ser criadas sobre o tema levem em conta os impactos que a crise climática traz, e a visão da sociedade sobre o que deve ser feito para enfrentá-los. 

A 1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente será na próxima terça-feira, dia 21 de janeiro, na Etecap. Já a 5ª Conferência Municipal de Meio Ambiente ocorre no sábado, dia 25 de janeiro, na Estação Cultura. O horário para ambas as conferências é das 8h às 17h. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 20 para a Intermunicipal e até o dia 24 para a Municipal.  

Serviço: 

1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente

Data: 21/01/2025 (terça-feira)

Horário: das 8h às 17h

Local:  Escola Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado de Campinas, localizada na Av. Cônego Antônio Roccato, S/N, Jardim Santa Mônica, Campinas 

5ª Conferência Municipal de Meio Ambiente

Data: 25/01/2025 (sábado)

Horário: das 8h às 17h

Local: Estação Cultura, localizada no Largo Marechal Floriano, s/nº - Centro, Campinas

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