O governo do Estado de São Paulo
colocou a região de Campinas
em alerta por 'tendência de evolução da pandemia', sob risco de regredir de fase no Plano São Paulo
, que define as normas para a flexibilização da quarentena. Apesar disso, por enquanto, a cidade, junto dos outro municípios integrantes da mesma Diretoria Reginal de Saúde (DRS), foi mantida na zona laranja, fase 2
.
"Há uma tendência de evolução da pandemia. Ainda não superou os índices, mas em sete dias pode regredir", afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Vinholi, durante a atualização realizada nesta quarta-feira (10). A divulgação da revisão das fases é feita semanalmente e, caso a Covid-19 mantenha o avanço em Campinas, pode ocorrer a regressão para a zona vermelha, fase 1.
No cenário de um recuo no plano de retomada econômica, Campinas teria que abortar a reabertura de comércios, shoppings e escritórios iniciada na última segunda-feira (10). O Estado só autoriza que esses estabelecimentos funcionem, com restrições, em cidades classificadas na zona laranja. Nenhum desses setores pode funcionar em municípios enquadrados na zona vermelha, fase em que só é autorizado o funcionamento de serviços essenciais.
Pressão no SUS
Apesar de chamar atenção para o potencial de avanço da pandemia, o Estado avaliou positivamente a capacidade hospital da região de Campinas
, em semana de aumento de 36% nas internações e 24% no número de óbitos.
"Nós temos hoje uma pressão de demandas, de casos. A gente tem procurado ser o mais transparente possível, colocamos todos os dados. Nessas últimas duas semanas, a gente passou a conviver com essa pressão no sistema (de Saúde). Eu lembro que aviseu que iriam vir semans difíceis", avaliou Carmino de Souza, secretário de Saúde de Campinas.
De acordo com atualização feita nesta quarta-feira, Campinas tem 3.169 casos confirmados de Covid-19 e 120 mortes. Desde o início desta semana, quando começou a reabertura do comércio de rua, aglomerações vêm sendo registradas no Centro da cidade.