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Vacina chinesa será testada pelo HC da Unicamp.
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Vacina chinesa será testada pelo HC da Unicamp.


O HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp , em Campinas , anunciou nesta quarta-feira (15) que vai aplicar a vacina teste contra a covid-19 em 500 voluntários da região. O hospital foi incluído no começo deste mês como um dos 12 centros selecionados no Brasil para a aplicação da terceira fase de testes d a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Segundo a Unicamp, a previsão é que o estudo dure 14 meses , sendo 12, com acompanhamento clínico dos voluntários. Ainda não há prazo para o início da aplicação. 

Segundo o HC, ainda há a espera pela chegada de equipamentos como geladeiras e freezers para resfriamento de insumos, e a unidade ainda faz a seleção dos voluntários todos da área de saúde, o que é feito em regime de urgência para o início o quanto antes. Nessa semana o Estado informou que a aplicação da vacina começaria no dia 20 de julho.

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QUEM PODE

Como obrigatoriedade, todos os voluntários selecionados para a testagem da vacina, serão profissionais da saúde, com prioridade para aqueles que atuam em locais com risco médio ou alto para a contaminação da doença. Os voluntários devem ainda não terem sido contaminados com o vírus, e farão exames anteriores ao recebimento da dose. 

Segundo o infectologista responsável pela pesquisa no HC, Francisco Aoki, ao todo, entre os 12 centros, 8.870 pessoas farão parte dessa fase da pesquisa. Até ontem (14), o site que concentra as inscrições dos voluntários já somava 600 mil pessoas interessadas em receberem as doses.

O infectologista explicou que a terceira fase da vacina- fase da aplicação em grande quantidade de voluntários-, é feita depois de resultados positivos em estudos feitos em animais e em humanos, em que se observa poucos efeitos colaterais após o recebimento da dose. 

De acordo com Aoki, a CoronaVac, como é chamada, é uma das grandes candidatas contra o vírus, e tem expectativas positivas sobre sua eficácia. 

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"Ela é uma boa candidata, apresentou dose de eficiência muito grande, além de ser bastante segura e com capacidade de imunogenicidade muito eficaz, o que nos dá bastante tranquilidade para participar do estudo", declarou o infectologista.

Caso comprovada a eficácia, o infectologista afirma que a vacina poderá ser produzida tanto no Brasil como em outros países, representando esperança na luta contra o vírus. Caso o estudo dê resultados positivos, Aoki ainda disse que acredita na possibilidade da produção de milhões unidades no Brasil.

"Temos grande capacidade, com dois grandes laboratórios, o Butantan e o Fio Cruz, de assim que liberado, conseguirem produzir milhões de doses. Os parques tecnológicos já estão se adequando para essa possibilidade", declarou. 

COMO VAI FUNCIONAR

Entre os 500 voluntários que participarão do estudo do HC, metade vai receber a vacina, que contém o vírus inativo, e metade receberão placebo- medicamento neutro que não contém efeito direto em doenças.  

Os 500 profissionais devem ser chamados em fases, em até dois meses após o início das aplicações, e podem desistir durante a duração do estudo.

A fase da pesquisa, classificada como "duplo cego", fará com que a pessoa que receba a dose, não saiba se recebeu a vacina ou o placebo, para a avaliação posterior da eficácia da substância. No entanto, ao final do estudo, os voluntários que receberem placebo devem também receber a dose da vacina. 

Os voluntários receberão duas doses das substâncias, a primeira no dia "zero", e a segunda 14 dias após o início dos testes. Segundo o HC, ao longo de 12 meses os pacientes farão oito visitas para averiguação imunológica, e ainda farão parte de um acompanhamento direto para observação dos efeitos da aplicação. 

Os voluntários ainda devem fazer uma espécie de "diário", com relatos observados dia-a-dia após o recebimento da substância.

Já os outros dois meses finais do estudo serão para a computação dos dados e das análises estatísticas e dos resultados obtidos com as vacinas, que serão publicados posteriormente. 

A VACINA

A CoronaVac, vacina da Sinovac, usa uma versão do vírus inativado, ou seja, que não tem capacidade de se replicar no organismo e causar a doença. Essa é a tecnologia mais tradicional de desenvolvimento de vacinas, usada no imunizante contra hepatite e gripe, por exemplo.

Segundo o governado João Doria (PSDB), se comprovada a eficácia e segurança da vacina, a previsão é de produção no país e disponibilização pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a partir de junho de 2021.

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