O número de confirmações de mortes pelo novo coronavírus em julho em Campinas - incluindo o recorde de 26 óbitos anunciados em um mesmo dia, no aniversário da cidade nesta semana - elevou a taxa de letalidade do município . Até o começo deste mês, essa taxa era de 3,7. Nesta sexta-feira (17), a Prefeitura de Campinas divulgou que ela está em 4. A taxa de letalidade significa a quantidade de mortes a cada 100 mil habitantes.
Junto com outros critérios, como taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e isolamento social, a taxa de letalidade ajuda a entender como a epidemia de covid-19 está se comportando em cada cidade. Em Campinas a taxa ultrapassou a do Brasil que hoje está em 3,8.
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Somente até o dia 17, foram 211 mortes confirmadas no mês de julho. Desde março, com o primeiro registro de mortes, foram registradas 528 mortes. Portanto, os números de julho são 39,9% do total até o momento (veja as mortes por dia abaixo).
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Na primeira semana do mês, o prefeito Jonas Donizette (PSB) havia informado a taxa atual e dito que ela estava, na época, abaixo do Estado de São Paulo e também do Brasil.
Nesta sexta-feira (17), ele afirmou que a taxa de 4 já havia sido atingida anteriormente em Campinas. "Estávamos em 3,7... 3,8. Mas agora é 4. Espero que fique dentro deste parâmetro. Claro, que cada vida vale muito. Mas, em termos de Brasil e de São Paulo, tem sido uma das menores taxa de letalidade", afirmou ele.
Ainda hoje, Campinas passou de 13 mil casos confirmados de covid-19 e tem 528 mortes.
DIAS MELHORES
Nessa semana o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), disse que a cidade "está em dias melhores" em relação ao número de mortes e casos pelo coronavírus, além da taxa de ocupação dos hospitais tanto municipais quanto particulares. Hoje, Jonas reafirmou que os números de Campinas estão menos severos. "Está caindo, mas não na velocidade que queríamos, mas a situação está melhorando", afirmou.
O secretário de Saúde de Campinas, Carmino de Souza, afirmou que, nos últimos dias, têm registrado diminuição no número de novos internados e pessoas nos leitos da cidade, o que representa resultados positivos e esperançosos.
"Vem tendo redução de ocupação, dia após dia. Tivemos ocupação grande na área privada, mas vemos um número menor de entrada e taxa de ocupação de leitos de retaguarda menor. É um momento de estabilidade para um viés de queda e vamos trabalhar muito nisso", declarou.
AS MORTES EM JULHO
01/07 - 7 mortes
02/07 - 19 mortes
03/07 - 12 mortes
04/07 - 7 mortes
05/07 - Sem divulgação
06/07 - 11 mortes
07/07 - 11 mortes
08/07 - 20 mortes
09/07 - 17 mortes
10/07 - 16 mortes
11/07 - 7 mortes
12/07 - Sem divulgação
13/07 - 11 mortes
14/07 - 26 mortes (recorde)
15/07 - 22 mortes
16/07 - 13 mortes
17/07 - 12 mortes