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Campinas registrou 47 mortes de idosos que moram em asilos.
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Campinas registrou 47 mortes de idosos que moram em asilos.


Campinas já registrou 47 mortes e 146 casos de Covid-19 em moradores das ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos ), de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela secretaria da Saúde na última semana.

Segundo o balanço, entre os lares a taxa de letalidade- proporção de mortes entre os diagnosticados com a doença-, tem o índice de 32,1%. Em Campinas, a letalidade total da doença chegou nesta semana a 4% , índice já considerado alto e maior que a média brasileira atual, que é de 3,8%.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica , a cidade tem no total 117 instituições que recebem os idosos. Dessas, foram realizadas inspeções em 29. Segundo a coordenadoria, as inspeções são realizadas após a identificação de caso positivo da doença, para evitar surto.

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Desde o começo da pandemia até a última semana, a Vigilância já vistoriou 29 instituições, que somam o total de 583 moradores. Segundo a Saúde, a a positividade de diagnósticos laboratorial de 146 entre os 583 moradores representa a contaminação de 25%. Isso significa que, a cada 100 moradores de ILPI, um quarto foram diagnosticados com a doença. 

Entre os confirmados, o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) registrou ainda a internação de 58 idosos. Segundo o balanço, a média de idades dos moradores dos asilos é de 82 anos. 

PROFISSIONAIS CONTAMINADOS

Como nas instituições estão proibidas as visitas, a principal suspeita segundo a Saúde, é da contaminação pelos próprios profissionais envolvidos nos cuidados com os idosos . Entre as 29 instituições, 539 trabalhadores atuam nos cuidados com os moradores.

Com a testagem feita pela Vigilância nas unidades, 70 funcionários confirmaram a contaminação da doença, sendo que 56 apontaram resultado positivo no teste rápido, e 14 no exame de PCR- que detecta a presença viral a partir de um exame de sangue.

Segundo a Saúde, entre os profissionais que atuam nas unidades, 263 trabalharam na área de enfermagem e como cuidadores . Destes, 29 tiveram diagnóstico positivo para a doença. Além dos profissionais de cuidados, foram diagnosticados ainda 19 trabalhadores que atuavam em funções administrativas com a doença. 

De acordo com a Vigilância, durante as vistorias as equipes identificam os casos de pessoas sintomáticas,  que são afastada das funções e acompanhadas, até que permaneçam assintomáticos por 72 horas seguidas.  

MEDIDAS DE CUIDADO

Entre a população com maior vulnerabilidade para a doença estão pessoas idosas, principalmente a de moradores das casas de repousos. Segundo a Administração, a fim de identificar rapidamente ameaças de surto e conter em tempo hábil, a Equipe de Vigilância de Surtos conta com a participação de todas as coordenadorias da vigilância em saúde e vem acompanhando, avaliando e orientando os profissionais das ILPIs, a fim de conter ou minimizar os impactos de surtos da doença nestas instituições.

Segundo a Prefeitura, desde março de 2020, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária acompanha e orienta os responsáveis técnicos das ILPIs com envio de materiais técnicos, realização de reunião, e apoio e apoio a implantação das normas legais e técnicas específicas para o setor. 

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