
Um grupo de comerciantes de diversos setores se reuniu na manhã de hoje (23) em frente à Prefeitura de Campinas , para reivindicar a reabertura. O protesto reuniu comerciantes do setor de bares, restaurantes, hotelaria, além de segmentos de beleza e do comércio em geral , que pedem a liberação imediata para funcionamento.
A cidade, que permanece há três semanas na fase vermelha do plano São Paulo, tem expectativa para voltar para a fase laranja (com liberação do comércio) na próxima segunda-feira (27). No entanto, mesmo com a liberação os setores alimentícios e de beleza ainda são proibidos de reabrir, sendo autorizados somente na fase amarela do plano.
A manifestação começou às 9h e foi organizada pelo Sinhotel (Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares). O protesto ainda contou com apoio da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), da ABSB (Associacao Brasileira de Salões de Beleza) entre outros sindicatos da categoria.
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No vídeo do divulgado por organizadores, o Sinhotel cita uma manifestação pacífica e com segurança para pedir o comparecimento dos trabalhadores do setor. Segundo o sindicato, o fechamento causou 24 mil desempregados no setor, e prevê mais demissões caso a proibição de reabertura prossiga.
Reivindicação
Com faixas, os manifestantes pedindo a retomada responsável , alegando precisarem da liberação para conseguirem se manter. O presidente da ABSB, José Augusto Santos, participou do protesto e pede a liberação independente da classificação do estado.
"Pedimos a reabertura imediata para evitar mais prejuízos. Mesmo que Campinas mude a classificação, só poderíamos reabrir no amarelo, causando ainda mais demissões", afirmou.
Segundo Santos, em Campinas é estimado que 3 mil trabalhadores perderam o emprego após o fechamento de salões, e muitos proprietários já não sabem se conseguirão reabrir.
"Temos muitas demissões, e muitos proprietários que já informaram que não vão retornar, porque não conseguem mais lidar com aluguel, despesas, dívidas. Então pedimos a reabertura antes que mais empresas quebrem", declarou.
Resposta da Prefeitura
Procurada, a Prefeitura de Campinas
disse que têm feito reuniões constantes com representantes do setor de restaurantes, bares e hotéis, buscando solução para o problema. Em nota, a Administração cita que a liberação "depende de condições sanitárias e decisões técnicas que vem sendo tomadas pelo Governo do Estado e respaldadas pela Justiça".
Ainda em nota, a Prefeitura cita que a "principal preocupação é salvar vidas, e será assim, com muita responsabilidade e ouvindo os profissionais de saúde, que irá tomar decisões que preservem a vida e possibilitem a retomada da economia".