Hospitais de Campinas trabalham para detectar infectados pelo novo coronavírus.
Divulgação/HC Unicamp
Hospitais de Campinas trabalham para detectar infectados pelo novo coronavírus.


A Prefeitura de Campinas vai começar uma revisão nas mortes que ocorreram no município nos últimos meses para verificar se óbitos que não foram registrados como coronavírus podem ter acontecido pela doença. O anúncio foi feito pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) na tarde desta segunda-feira (10).

Com a revisão, o número de mortes pelo coronavírus confirmadas por subir. Não se sabe ainda, ao certo, quantos pacientes que morreram com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) ou não podem se somar ao boletim epidemiológico da nova doença.

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No entanto, o secretário de Saúde, Carmino de Souza, afirmou que somente na última sexta-feira (7) quatro mortes foram revistas e contabilizadas como covid-19. Até o momento, Campinas tem 809 mortes pelo novo coronavírus e investiga ainda 20 óbitos para confirmar ou não a possibilidade de eles serem pela nova doença.

"Já começamos a fazer, não tenho ideia do número, mas não é enorme, claro. Vamos agora olhar prontuário por prontuário. Na sexta, revimos quatro casos. Já tínhamos tomado a decisão de criar uma comissão de óbitos, e agora começamos", disse.

Segundo Carmino, os pacientes revistos na última semana tinham sintomas compatíveis com covid-19, como perda de olfato e de paladar, além de um quadro pulmonar semelhante ao visto em óbitos pelo novo coronavírus.

"Mas eles não tinham sido registrados porque a sorologia... o PCR tinha sido negativo. Então não foram contabilizados anteriormente. Agora vamos rever todos os casos conforme os critérios", disse.  

OS CRITÉRIOS 

Para a revisão, a Prefeitura adotará dois tipos de critérios - o clínico ou o clínico com imagem. No primeiro, serão investigados casos de gripe que estiveram associados à perda de olfato ou paladar. Também serão investigados pacientes que morreram com SRAG ou não e que tiveram contato próximo com pacientes com covid-19 em até 14 dias antes da morte.

Em relação ao segundo critério, são pacientes com SRAG ou não em que não foi possível a confirmação pelo critério laboratorial. Nestes casos, é preciso que a vítima apresente algumas alterações tomográficas, como por exemplo opacidade no pulmão (em diferentes níveis ou módulos).

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