O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), declarou nesta sexta-feira (14) que ainda não há definições sobre a retomada das aulas presenciais na cidade, e é possível ainda que as aulas não voltem nem mesmo neste ano.
"O prazo do Estado é de 8 de outubro, mas todas as possibilidades estão na mesa. Se não tivermos ok da Saúde para voltar, pode ser que não tenhamos as aulas voltando neste ano", afirmou.
Segundo Jonas, caso o aval seja positivo, as aulas só voltarão com as medidas de proteção supridas as crianças e profissionais. O prefeito ainda afirmou que espera a retomada de forma conjunta, com o setor público iniciando na mesma data que a rede particular. Desde junho, donos de escolas particulares têm pressionado governos estaduais e municipais para receber permissão para a retomada das aulas presenciais antes da rede pública.
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"Não existe uma decisão formada para isso. A secretaria está avaliando, mas o meu desejo é que volte todos de forma conjunta, não quero fazer distinção entre escola pública e privada", afirmou.
Cautela
Em Campinas, com a suspensão por causa da pandemia do novo coronavirus, as aulas estão acontecendo com uma plataforma on-line e distribuição dos materiais físicos aos alunos. Segundo a secretária de Educação, Solange Pelicer, as secretarias de Educação das cidades da região estão ainda avaliando a possibilidade de retorno, sem ainda uma conclusão sobre a data.
Segundo a secretária, em relação a recuperação em setembro, que também foi anunciada pelo Estado, Campinas também não seguirá a medida.
"O Estado anunciou a recuperação em setembro, mas nós vamos fazer essa recuperação comitente com quando as crianças voltarem as aulas. Quando retomar será feita a avaliação diagnóstica para avaliação do prejuízo e da defasagem", afirmou. Ela afirmou que nenhuma criança será reprovada neste ano.
Verba
Para a retomada, a Prefeitura ainda declarou que destinou ainda R$ 1,3 milhão recebido de verbas para a aplicação na Educação. Segundo o secretário de Saúde, Carmino de Souza, o dinheiro será uma parte do montante que deve ser gasto com a compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) como máscaras para crianças e funcionários, álcool em gel e equipamentos para garantir a segurança das aulas.