O portal iG entrevistou nesta segunda-feira (24) a petroleira Laura Leal (PSTU) , em mais um episódio da série de lives com pré-candidatos e pré-candidatas à prefeitura de Campinas , como parte da cobertura especial das eleições deste ano. Laura conversou com os jornalistas Aloy Jupiara, Bruno Accorsi e Ricardo Galuppo sobre as soluções que considera viáveis para problemas da metrópole.
A entrevista pode ser vista na página do Facebook e no canal do Youtube do iG.
A pré-candidata do PSTU defende a ampliação e valorização dos conselhos populares. Segundo ela, esse tipo de organização oferece o melhor canal para orientar os gestores públicos tomarem decisões que favoreçam a democracia.
“Nossa principal proposta em relação às questões da administração tem a ver com a construção de conselhos populares, como eu disse, a partir dos locais de moradia, de trabalho, de estudo, onde a população discuta de fato quais são as suas demandas, quais são as suas prioridades, e que tomem nas mãos a administração da Prefeitura. Que não seja meia dúzia de iluminados que vão tomar as decisões”, argumentou.
Laura Leal também propõe que proprietários que mantêm terrenos para especulação imobiliária paguem mais IPTU, pois ajudaria a reduzir a taxação para outros setores.
Você viu?
“Em relação ao PTU, em Campinas você tem uma série de terrenos utilizados exclusivamente para especulação, não par moradias, construção, etc. Esse tipo de terreno tem que ser mais tributado, porque, dessa forma, você acha um equilíbrio para que o pequeno não sofra tanto”, disse.
“O que nós acreditamos na cobrança de impostos é que você tenha escalonamento. O pequeno e o médio empresário, que sentem muito o peso dos tributos, precisam ser menos onerados. Os grandes, que tem mais lucros e sentem menos o peso dos tributos, precisam ser mais onerados”, completou.
Comissionados
Questionada sobre a nomeação de cargos comissionados, a petroleira defendeu a participação da população nesse tipo de decisão.
“Existem servidores públicos altamente qualificados para assumir diversas posições dentro da administração. Em absoluto, não é necessário fazer essa distribuição de cargos, que nada mais é do que uma politicagem com o dinheiro público. Por isso eu insisto isto em voltar à história da necessidade dos conselhos populares”, explicou.
“Em primeiro lugar, você não vai precisar dessa quantidade de cargos que a galera sai distribuindo por aí. E própria população vai dizer onde é necessário que você tenha cargos nomeie gente porque não de tempo de fazer um concurso publico, quando é necessário fazer um concurso público. Isso é possível, mas não é feito porque se governa para interesses”, completou.
Frente ampla
Laura ainda explicou as razões pelas quais o PSTU não quis integrar uma aliança do o PT e o PSOL, que lançaram a dobradinha com Pedro Tourinho (PT) como pré-candidato a prefeito e Edilene Santana (PSOL) a vice.
“A nossa proposta de governo tem a ver com uma mudança radical da realidade. Tem a ver com uma fórmula, inclusive. Para a gente tem um conteúdo bastante importante: para quem você governa. Esse conteúdo que vai nos diferenciando daquilo que são as candidaturas do PT e do PSOL, e mais do que isso, do que já foram os governos do PT, que nos colocamos radicalmente contra”, afirmou a pré-candidata.