O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Campinas vai deixar de ser utilizado para o atendimento exclusivo de casos de Covid-19 e deve iniciar, a partir de outubro, o funcionamento como hospital-dia, para realização de cirurgias menores. O anúncio foi feito pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), em entrevista nesta sexta-feira (28).
O plano é que os leitos clínicos e de UTI do ambulatório, até então utilizados para tratar pessoas com Covid-19, comecem a ser readaptados nos primeiros dez dias de setembro. Segundo o secretário de Saúde, Carmino de Souza, a situação vai depender da recuperação dos pacientes internados atualmente.
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“A ideia do Governo do Estado é abrir no começo de outubro. Setembro vai ter essa passagem. É bom lembrar que tem doentes internados lá, e os doentes de UTI têm um tempo de permanência bastante longo. A média é duas semanas, então alguns vão permanecer até o meio de mês. Tem todo o processo de readequação, desinfecção e tudo o que precisar ser feito”, explicou o secretário.
Demanda
Sob administração do Governo do Estado, o AME foi inaugurado em abril. A obra foi iniciada no primeiro mandato do governo Jonas Donizette, e a inauguração coincidiu com a chegada da pandemia. Com isso, foi decidido que a unidade seria aberta como “Hospital Covid”, em vez de ser utilizada para atendimentos ambulatoriais, até que a crise sanitária fosse controlada.
“Entrar na pandemia foi difícil, sair vai ser mais desafiador ainda. Precisamos fazer isso com muita segurança. Precisamos garantir o atendimento para pessoas com Covid, mas fazer as atividades voltarem. A pressão do sistema é muito maior para não Covid do que para o Covid”, comentou Carmino de Souza.
Quando começar a operar dentro da sua natureza, o AME deve oferecer atendimento em 35 especialidades médicas, com cirurgias menores, como artroscopia de joelho, hérnia, vísicula, procedimentos oftalmológicos e dermatológicos, entre outras. Cirurgias de maior porte ficam sob responsabilidade do Hospital Mário Gatti.