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Mulher que levou cadáver a banco nega crime à Polícia e é indiciada
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Mulher que levou cadáver a banco nega crime à Polícia e é indiciada

A mulher de 58 anos que levou o cadáver do companheiro a uma agência bancária para tentar sacar o benefício de aposentadoria  negou o crime à Polícia Civil de Campinas. Josefa de Souza Mathias prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (16) e, após ser ouvida, foi indiciada pelos crimes de estelionato qualificado tentado e vilipêndio a cadáver.

O caso ocorreu no dia 12 de outubro e o homem, Laércio Della Coletta, de 92 anos, estava morto há pelo menos 12 horas quando foi levado de cadeira de rodas no Banco do Brasil no Centro, informou a perícia médica.


Segundo a polícia, foram ouvidas testemunhas do caso hoje, entre elas o chefe de segurança da agência bancária e a porteira do prédio, além da vizinha que teria ajudado Josefa. Um terceiro homem, companheiro da vizinha, também deve ser ouvido pela investigação. 

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Ontem, o laudo necroscópico da morte do idoso ficou pronto, indicado a morte prévia e também por causas naturais. Agora, a polícia aguarda as imagens do circuito interno que devem ser fornecidas pelo banco, o qual foi oficiado. Após a conclusão do laudo, foi aberto inquérito civil para apurar o que era, até então, morte suspeita.  

COMO FOI 

Por volta de 12h20 do dia 12 de outubro, Josefa levou o companheiro em uma cadeira de rodas para fazer a prova de vida para recebimento da aposentadoria. No local, ela teria tentado apressar o atendimento, mas não deu certo. Então teria dito que Láercio estava passando mal.

Neste momento, testemunhas acionaram o Samu, que foi até o local e constatou óbito. A equipe suspeito da morte prévia por conta do estado cadavérico do idoso, e acionou a GM (Guarda Municipal). Josefa foi então levada ao 1º DP (Distrito Policial), mas liberada na época.

Neste dia, quando foi ouvida pela primeira vez, ela disse à polícia que foi ao banco porque precisava fazer uma movimentação bancária na conta do suposto marido, porém havia esquecido a senha de letras. A mulher seria a responsável pela movimentação da conta bancária do homem, mas não tinha nenhuma procuração para isso.

Josefa também disse que tinha conversado com Láercio pela manhã, quando ele já estaria morto segundo a perícia. Outra contradição seria a afirmação de que ela comprou a cadeira de rodas no dia anterior, apesar de falar que o companheiro estava bem de saúde. Eles eram companheiros há cerca de 10 anos.

Com a repercussão do caso, a SPPREV (Pão Paulo Previdência) informou que o benefício do caso citado foi suspenso e será extinto. O Banco do Brasil disse "que cumpriu com todos os protocolos no caso da ocorrência registrada em uma de suas agências em Campinas, o que inclui a apresentação de procuração ou a presença do beneficiário na agência".

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