Professor que mandou foto nu para alunos disse que confundiu grupo
Reprodução: ACidade ON
Professor que mandou foto nu para alunos disse que confundiu grupo

Delegacia onde o caso esta sendo investigado. (Foto: Luciano Claudino/Código19)

O professor de artes de Campinas que enviou uma foto pelado em um grupo de WhatsApp de alunos do 6º e 7º anos da rede estadual afirmou hoje (16) que mandou a imagem no grupo errado. A intenção, segundo ele, era enviar a imagem para um grupo de amigos, que assim como ele, são adeptos ao naturismo, mas acabou se confundindo no aplicativo e mandou a mensagem no grupo dos estudantes

As mensagens com a foto foi enviada na manhã de ontem. Na foto ele aparece sentado, nu e segurando um copo com achocolatado. Antes da foto ele mandou as seguintes mensagens: "Professor é natu", "Professor é rismo", "Professor é naturismo". Na sequência ele envia a foto com a legenda: "Bom dia pelados. Com achocolatado gelado e corpo pelado" e "Ótimo dia de chuva. Beijos pelados".

Na sequência, os alunos começam a sair do grupo em reação a mensagem do educador.

O homem afirmou que é naturista desde os 40 anos. "Sou naturista desde 40 anos. Na ideia de enviar mensagem para amigos, acabei enviando para o grupo errado" declarou. No entanto, o professor ainda alegou que "nada ocorre de maneira aleatória", e que o erro poderia servir de discussão sobre o tema.  

"Nada ocorre de maneira aleatória. Na arte, sempre existiu o nu. Artistas de tv, vários, já postaram fotos. Existem programas com nu na tv. E ainda assim, existe um preconceito, generalizado sobre o tema, assim como contra mulheres, raça, religião. Assim, quem sabe, não possamos tentar minimizar essa história. Apenas cometi um erro que até pode servir para uma discussão sobre o tema [...] A história mostra o quão estamos, ainda, atrasados em nossos conceitos", acrescentou.  

A Polícia Civil e a Diretoria de Ensino de Campinas estão investigando o caso. A equipe gestora da escola informou aos pais, através de comunicado via WhatsApp, que tomou conhecimento do ocorrido e que os fatos estão sendo apurados.  

O delegado responsável pelo Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior) confirmou que a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) está investigando a denúncia mas não informou os próximos passos da investigação.

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