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"Vamos conviver com isso", diz Carmino sobre covid-19 em Campinas

Secretário disse que a doença deve ainda permanecer na cidade, mesmo depois de uma vacina (Foto: Foto Fernanda Sunega/ Prefeitura de Campinas)

O secretário de Saúde de Campinas, Carmino de Souza, afirmou durante transmissão nas redes sociais na manhã de hoje (16), que a cidade enfrenta uma estabilização nos números de casos de covid-19, e que acredita que os números vistos são indicativos de que a doença ainda vai permanecer no município por um bom tempo. Campinas registrou hoje mais seis mortes pela doença e o total de casos chegou a 35.803 (leia mais aqui)

A fala do secretário veio em meio ao questionamento do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB) que também estava na transmissão, sobre uma possível segunda onda dos casos na cidade como está ocorrendo na Europa, o que segundo ele, é uma preocupação de toda a população. 

"Muita gente tem me perguntado sobre isso. A gente pega as informações, vê a Europa voltando a fechar várias coisas. Uma preocupação com a chamada segunda onda, isso tem ficado mais evidente, e a Organização Mundial da Saúde atribuindo ao comportamento dos jovens. Aqui os números estão estabilizados, mas vou passar essa pergunta para o Carmino, se tem possibilidade de passarmos por isso novamente", disse, questionando o secretário. 

Segundo Carmino, os indicativos são de que os números vistos hoje permaneçam por causa da estabilidade observada. 

"É uma pergunta difícil, não temos todas as respostas, do nosso ponto de vista, fazemos analises todos os dias, organizamos as informações. A reunião que fizemos ontem mostrou que há estabilização, com internação média de 20 casos por semana. É um número infinitamente inferior ao pico, mas não tem reduzido abaixo disso e mostra que provavelmente vamos conviver com isso, nos obrigando a manter estrutura de atendimento ambulatorial, com reserva de leitos", declarou.  

O secretário ainda declarou que Campinas tem apresentado indicativos de baixa mortalidade em relação aos casos da doença. 

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"Nós temos tido uma mortalidade média baixa, o coeficiente de letalidade vem caindo, chegou a perto de 4, hoje está em 3,5 e 3,6, então vem caindo. Isso quer dizer que temos mais casos do que óbitos do ponto de vista proporcional", afirmou. 

CONVIVER COM A DOENÇA  

Para Carmino, a doença ainda deve permanecer mesmo com a chegada de uma vacina contra o vírus.  

"Eu acho que não vai zerar, as discussões que eu tenho indicam que provavelmente o coronavírus vai ser algo parecido com a influenza. Muito provavelmente vamos ter que conviver mesmo com a vacina. E muito provavelmente não teremos vacinas pra todos nos primeiros meses e anos, e fazer com grupos prioritários", afirmou, citando ainda que o vírus pode ser mutante. 

"A característica muito grande de vírus é que eles são mutantes, o que acontece com H1n1, que todo ano tem que vacinar, porque não uma imunidade que permaneça" afirmou, criticando ainda a discussão politizada sobre o uso de vacinas: "Quando tiver vamos ter que usar", afirmou.

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