A CoronaVac
, em desenvolvimento pelo Instituto Butantan
e que teve parte dos testes clínicos feito pela Unicamp
, em Campinas
, é a vacina contra o coronavírus mais segura em fase final de testes no Brasil. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (19) pelo governador João Doria
(PSDB) em coletiva.
Segundo o governo estadual, estudos clínicos com 9 mil voluntários com idade entre 18 e 59 anos no país mostram que apenas 35% tiveram reações adversas leves, como dor no local da aplicação ou dor de cabeça. Não houve qualquer registro de efeito colateral grave durante a testagem.
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Na Unicamp, no dia 7 de outubro foi anunciada a ampliação dos testes em mais 500 voluntários da área da saúde com mais de 60 anos.
Até então, a vacina tinha sido aplicada em 500 voluntários com idade até 59 anos. Segundo o HC (Hospital de Clínicas) de Campinas, nessa etapa também não haveria a verificação se a pessoa já se contaminou pela doença.
BUTANTAN
O desenvolvimento da vacina no Brasil foi iniciado em julho, por meio de parceria entre a biofarmacêutica Sinovac Life Science, com sede em Pequim, e o Butantan. A Coronavac é um dos imunizantes mais promissores em fase final de estudo em todo o mundo e produzida com base em tecnologia similar à de outras vacinas produzidas com sucesso pelo Butantan.
As reações mais comuns entre os participantes do estudo após a primeira dose foram dor no local da aplicação (19%) e dor de cabeça (15%). Na segunda dose, as reações adversas mais comuns foram dor no local da aplicação (19%), dor de cabeça (10%) e fadiga (4%). Febre baixa foi registrada em apenas 0,1% dos participantes e não há nenhum relato de reação adversa grave à vacina até o momento.
"Os primeiros resultados dos estudos clínicos realizados no Brasil comprovam que, entre todas as vacinas testadas no país, a Coronavac é a mais segura, a que apresenta os melhores e mais promissores índices no Brasil. É, de fato, a vacina mais avançada neste momento", declarou o Governador. "A vacina do Butantan foi a que apresentou menor índice de efeitos adversos e melhores resultados até o presente momento", acrescentou Doria.
O estudo no Brasil foi iniciado em 21 de julho e prevê a participação total de 13 mil voluntários, todos profissionais da saúde que atuam no atendimento a pacientes com covid-19. Eles estão sendo acompanhados pelos 16 centros de pesquisa distribuídos por sete estados e o Distrito Federal.
CRONOGRAMA
Até dezembro, o Butantan receberá 46 milhões de doses da Coronavac, sendo 6 milhões de doses da vacina já prontas para aplicação. Outras 15 milhões de doses devem chegar até fevereiro de 2021.
A vacina desenvolvida entre a Sinovac e o Butantan é uma das mais promissoras do mundo. Ela utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outros imunizantes produzidos pelo Butantan.