Campinas recebeu hoje (27) a inauguração da primeira República Feminina de Proteção Social
. O programa, desenvolvido pelo governo estadual, tem objetivo de auxiliar mulheres que se recuperam da dependência química,
em álcool
e drogas
.
O espaço, localizado no Jardim Flamboyant, vai acolher as mulheres disponibilizando atendimento psicológico e de acompanhamento para reinserção na sociedade. A inauguração na cidade foi realizada pela secretaria de Desenvolvimento Social com a presença da secretária Célia Parnes.
Segundo o Estado, a república contará com uma equipe multidisciplinar, e tem capacidade para atender em média 15 pessoas, sendo que oito já foram realocadas para o espaço.
As mulheres atendidas terão acesso a cursos técnicos de qualificação profissional e educação financeira, visando a autonomia para as ex-dependentes conseguirem o autossustento e retomarem a vida pessoal e profissional.
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No local, serão atendidas mulheres egressas de comunidades terapêuticas e do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas). Elas serão encaminhadas após tratamento de recuperação química. Em Campinas, serão encaminhadas as mulheres atendidas no Instituto Padre Haroldo.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social o espaço foi criado para funcionar como casa para aquelas pessoas que muitas vezes não tinham onde ficar, e por falta de suporte voltavam para as ruas e para o uso das drogas.
"É essencial um espaço como esse que é uma casa, um verdadeiro lar. Elas fazem a organização, tem autonomia, buscam alternativas para retomar a vida ao normal. Essas moças passaram pelas comunidades, muitas com desintoxicação de 4, 6 meses e querem vínculos que deem forças para alçar os voos solos", disse Célia.
O PROGRAMA
Segundo o Estado, o Programa Recomeço é uma iniciativa que promove a prevenção, o controle e a requalificação da população com dependência química, além de proporcionar o acesso à justiça e cidadania, apoio socioassistencial e tratamento de saúde aos usuários, familiares e comunidade.
A atuação é feita por meio de ações intersecretariais, com órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Estado e dos Municípios.
O serviço de acolhimento em Comunidades Terapêuticas é ofertado de forma voluntária para pessoas de ambos os sexos maiores de 18 anos, em espaço protegido e de cuidado transitório que proporcione a melhoria da qualidade de vida, garantia de direitos e autonomia dos indivíduos com problemas decorrentes do uso de substâncias psicoativas.
Atualmente, o Recomeço dispõe de mais de 1,3 mil vagas de acolhimento institucional, subdivididas entre Comunidades Terapêuticas e Repúblicas. A atividade de acolhimento é realizada por organizações sociais por meio de Edital Público.