Famílias deixam terreno após negociação com a Prefeitura
Reprodução: ACidade ON
Famílias deixam terreno após negociação com a Prefeitura

As famílias que ocupavam uma área próxima ao bairro San Martin, no Polo 1 de Alta Tecnologia, em Campinas, deixaram o local na tarde desta segunda-feira (26), após acordo entre a Prefeitura. A Guarda Municipal e a Secretaria de Habitação estiveram no terreno para viabilizar a negociação. 

De acordo com o comandante da Guarda Municipal, Marcio Frizarin, a desocupação foi possível após uma conversa entre os líderes. "Chegamos aqui, conversamos com as lideranças, informando que a área aqui não é destinada para moradia. Embora a área seja do município, é uma área que tem a previsão de construção de um polo tecnológico, que a destinação da área é para esse fim, e as pessoas entenderam", contou. 

Em troca da saída pacífica, a Prefeitura enviou uma equipe da Secretaria de Habitação para fazer o cadastro dos moradores que faziam parte da ocupação. Segundo a Administração, 128 famílias foram cadastradas e todos deixaram o terreno por volta das 16h. 

Com a retirada, os tratores derrubaram os barracos erguidos pelas famílias e limparam os terrenos. Cerca de 150 de guardas municipais estiveram no local para fazer a negociação. 

Procurado, o secretário de Habitação, Vinícius Riverete, afirmou que a prefeitura trabalha desde 2017 para regularizar áreas na cidade e manter o cadastro das famílias atualizado. 

OCUPAÇÃO 

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A ocupação da área teve início neste domingo (25), com as famílias erguendo os barracos e fazendo a marcação do terreno durante a manhã. O local é usado para a instalação de empresas de tecnologia na cidade, incentivada pela empresa municipal Ciatec (Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas), mas, até então, o terreno estava vazio.  

Durante a manhã de ontem, as equipes da Secretaria de Habitação chegaram ao local com maquinário como tratores para a remoção do barracos . As equipes estacionaram o veículo próximo aos barracos e fizeram demarcações no chão. No entanto, nenhuma ação ainda foi tomada.  

Segundo um dos coordenadores da ocupação, que preferiu não ter o nome revelado, a maior parte das famílias é de Campinas. De acordo com ele, o grupo de cerca de 500 pessoas ocupou o local por não ter condição de pagar um aluguel.  

"Nós somos de Campinas e queremos moradia. Tem muita gente desempregada, os aluguéis na cidade são muito caros, ficou muito difícil nessa pandemia. Não estamos conseguindo, temos que tirar da boca dos nossos filhos pra pagar o aluguel", afirmou.

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