Com o registro de apenas 34% das chuvas
esperadas para outubro e o aumento do consumo de água em 20%, o Consórcio PCJ
(Piracicaba, Jundiaí e Capivari), que fiscaliza a situação dos mananciais na região, emitiu um novo alerta para restrição do recurso hídrico na região de Campinas.
Este é o segundo alerta, sendo que o primeiro foi dado no dia 7 de outubro,
durante a onda de calor histórica que fez os termômetros marcarem 40,4°C
. Desta vez, a permanência da estiagem acendeu o sinal vermelho no PCJ.
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Segundo o consórcio, a situação é grave em todo o Sistema Cantareira, devido a falta de chuvas. Embora em 2019, no mês de outubro, a chuva no Sistema Cantareira tenha ficado menor que em 2020, o volume reservado no sistema era maior, explicou o PCJ.
Além disso, mesmo com vazões descarregadas maiores, a vazão do rio Atibaia está apenas 8,0% acima e o Rio Piracicaba apresenta uma vazão 19,0% inferior ao ano 2019. Lembrando que Campinas capta água direto do Rio Atibaia e não possui sistema de reservação de água.
Por isso, o consórcio emitiu o novo alerta, uma vez que o primeiro funcionou. "Alguns municípios que estavam em Estado de Emergência, assumiram parcialmente o controle da situação, mas todos contavam com as chuvas que ainda não ocorreram", informou em nota oficial.
CANTAREIRA
Como as chuvas não estão ocorrendo conforme o esperado, segundo o PCJ, o próprio Sistema Cantareira está adentrando na "Faixa de Alerta". Por isso o "Projeto superando a Estiagem", coordenado pelo Consórcio PCJ e parceiros, externou a gravidade da atualidade e a necessidade de não ampliação do consumo de água pela comunidade, independentemente das temperaturas e possíveis chuvas esporádicas que ocorram.
No Rio Atibaia, a vazão está em 11,3 m³/segundo hoje e a captação da Sanasa é de 3,7 m³/segundo, em média. É considerado preocupante quando a vazão está abaixo de 4 m³/s.