Um PM (Policial Militar) foi detido na madrugada deste domingo (1º) após atirar contra um motorista de aplicativo no Jardim Paraíso de Viracopos, em Campinas.
A ocorrência foi às 2h30 desta madrugada, no cruzamento a Avenida Itamarati e a Avenida Jacaúna.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, o PM, de 25 anos, disparou contra o motorista da Uber, de 28 anos, depois de presenciar uma discussão entre a namorada dele e o condutor do veículo.
ENTENDA
Segundo o boletim de ocorrência, a namorada do policial solicitou um carro pelo app de transportes para que eles pudessem ir embora de uma festa na casa de amigos.
Com a chegada do motorista, o condutor questionou a mulher, que estava do lado de fora do carro, se o pagamento seria em dinheiro ou cartão.
Ela achou a pergunta desnecessária e disse que "se ele não quisesse trabalhar, que iria chamar outro [carro]", conforme narra o depoimento no boletim. Começou então uma discussão entre os dois.
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O motorista diz no boletim que, durante o desentendimento, um homem chegou próximo ao veículo e efetuou um disparo, fazendo com que ele arrancasse com o veículo.
Na fuga, o condutor encontrou uma viatura da PM patrulhando a região e pediu socorro.
Os agentes foram ao local do disparo e encontraram o homem que se apresentou como policial militar. Ele também assumiu ser autor do disparo.
Aos agentes, o PM disse que não sabia que a namorada pediu o carro, viu a discussão, se aproximou e, na intenção de protegê-la, sacou a arma. Ele diz que o disparo aconteceu de forma acidental enquanto ele sacava a arma.
O disparo feito pelo PM acertou o vidro traseiro direito do carro, o encosto de cabeça da poltrona do passageiro e o vidro traseiro do lado esquerdo do veículo.
PERÍCIA
O caso foi registrado como disparo de arma de fogo pela Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar foi notificada sobre a ocorrência.
O PM que efetuou o disparo deixou a delegacia depois de pagar fiança de R$ 1,5 mil.
O veículo do motorista de aplicativo e a arma do policial serão periciados.
Em nota, a Polícia Militar diz que as investigações cabem a Polícia Civil.
A Uber foi procurada para comentar o caso, mas não respondeu até a publicação deste texto. A matéria será atualizada com a resposta.