O Hospital PUC-Campinas encerrou ontem à noite (9) o cadastramento de voluntários para a pesquisa da vacina contra a Covid-19 da Johnson e Johnson no Brasil. No centro de pesquisa clínica do hospital foram mais de seis mil inscritos e 417 vacinados, sendo que 35% têm mais de 60 anos.
Inicialmente, a unidade tinha divulgado que esperava imunizar 1 mil pessoas e que, em todo o país, o objetivo da J&J era de vacinar 7 mil pessoas.
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No entanto, como esse objetivo já foi atingido, a PUC encerrou a testagem com apenas 417 pessoas vacinadas. "Mesmo assim, foi considerado um sucesso de voluntários e um dos centros no Brasil que mais vacinou", informou o hospital em nota.
A vacina da Johnson e Johnson é uma das quatro que receberam autorização para testes de fase 3 (a última) no Brasil. As outras são a de Oxford, a da Pfizer-BioNTech e a da Sinovac.
Os testes
O recrutamento em Campinas teve início em outubro, mas os testes só começaram no dia 5 de novembro, depois que a Anvisa autorizou o laboratório da empresa a retomar as pesquisas no Brasil, após elas terem sido suspensas por causa de uma "doença inexplicada" em um dos participante dos Estados Unidos.
Diferente da vacina testada pela Unicamp, a da empresa norte-americana, é dose única e esteve aberta para qualquer pessoa entre 18 e 59 anos e que não tenha comorbidades graves. Gestantes ou lactantes também não podem participar.
Segundo o hospital, os participantes poderiam não ou ter tido a doença. Eles receberam uma dose única da vacina ou um placebo (substância inativa). A determinação de quem recebeu a vacina ou o placebo foi feita de forma aleatória (randomizada).
Ainda segundo o Hospital PUC-Campinas, os voluntários serão acompanhados pelos pesquisadores por um período de dois anos, com visitas presenciais e contato por telefone.