O fotógrafo de Campinas Osvaldo Furiatto criou o projeto autoral chamado "Acho que vi comida", onde criou uma espécie de alucinação gastronômica com cenas comuns do dia-a-dia.
A inspiração dele veio com a pandemia de Covid-19. O evento aumentou o nível de ansiedade de muitas pessoas, que acabaram buscando alívio em uma forma já bem conhecida dos ansiosos: a comida.
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"Eu sou uma pessoa muito ansiosa, e constantemente busco alívio na comida. Durante a pandemia, tive que me policiar para não ficar comendo o dia todo", conta Osvaldo. Assim sendo, o fotógrafo começou a olhar à sua volta objetos ou parte deles que se pareciam com algum tipo de alimento.
"A primeira imagem que me veio à cabeça foi do telefone sem fio que fica sobre minha mesa. Pensei: e se o monofone fosse uma banana", disse.
No passo seguinte, Osvaldo começou a criar e listar combinações que fariam sentido. Com a limitação imposta pela quarentena, o fotógrafo começou a usar objetos que tinha em casa, e aproveitava as poucas idas ao mercado para comprar os alimentos que se encaixavam na cena.
"A maior dificuldade foi que eu só podia usar objetos e cenários que tinha em casa, então tive que usar a criatividade para conseguir um resultado interessante e não ficar repetitivo", explicou Furiatto.
As produções começam após o término de trabalhos que Osvaldo fez para a cobertura fotojornalística da pandemia em sua região durante o primeiro período crítico da quarentena.
Ao todo foram produzidas 15 imagens com 15 alimentos diferentes, escolhidos um diferente para cada imagem finalizada, todos in natura e sem nenhum tipo de manuseio, preparação ou industrialização.