A Prefeitura Municipal de Campinas confirmou que o contrato com o Hospital Metropolitano foi encerrado na quarta-feira (16). No local, funcionavam nove leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 17 de enfermaria para tratamento de covid-19 . O motivo é o imbróglio judicial que a unidade de saúde enfrenta na Justiça do Trabalho.
O convênio com o Hospital Metropolitano foi assinado no dia 10 de junho e a primeira disponibilidade leitos ocorreu no dia 23 do mesmo mês. A transferência de pacientes começou no dia 18 de novembro.
A rede municipal de saúde conta nesta quinta-feira com 152 leitos para pacientes com covid-19, entre UTI e enfermaria, e vai ampliar esse número por meio da abertura de mais leitos em hospitais públicos e da renovação de contratos com unidades hospitalares da rede privada, além do credenciamento de novos leitos.
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Atualmente, os procedimentos eletivos foram suspensos no Hospital Mário Gatti e Ouro Verde, para que as equipes pudessem ficar voltadas para o atendimento específico de pacientes com covid-19.
Além disso, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Carlos Lourenço volta a ser exclusiva para este atendimento a partir desta sexta-feira (18). Outras medidas estão previstas no Plano de Contingência, para uma possível intensificação do aumento de casos na cidade.
ENTENDA O CASO
O Hospital Metropolitano, localizado na Avenida das Amoreiras, é particular e teve as atividades interrompidas em março por falta de verba. O fechamento resultou em centenas de profissionais com salários e benefícios atrasados, e a Justiça determinou uma intervenção na unidade para garantir a quantidade da prestação dos serviços.
A ação, que corria na Justiça, pedia o valor repassado pela Prefeitura de Campinas para o pagamento de dívidas trabalhistas dos antigos funcionários, já o Hospital alegava que o valor recebido era necessário para as atividades.
Uma decisão da 2ª Vara do Trabalho de Campinas obrigou que todo o repasse da Prefeitura seria destinada ao pagamento das dívidas, mas a unidade entrou com recurso para impedir a execução da determinação, o recurso foi aceito.
O hospital alega não conseguir realizar o atendimento sem utilizar o valor repassado pela Administração. Desde então, a Prefeitura deposita o valor em juízo.