As cinco maiores cidades da RMC
( Região Metropolitana de Campinas
) não alcançaram o índice de 50% de isolamento social
nos três dias de fase vermelha no fim de semana de Natal. Campinas, Sumaré, Indaiatuba, Americana e Hortolândia
ficaram entre 49% e 42% de isolamento (veja abaixo).
A fase vermelha foi determinada por três dias pelo governo estadual no fim de semana para todas as cidades de São Paulo. Isso deve ocorrer novamente a partir do dia 1º de janeiro, como forma de diminuir a transmissão do novo coronavírus nas festas de fim de ano.
Ainda hoje, Campinas atingiu 80% de ocupação na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). No SUS Estadual, a ocupação chegou a 100% - leia mais aqui.
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Apesar do Estado não ter colocado meta para o distanciamento social, o número era o usado durante a fase vermelha do Plano São Paulo, entre junho e julho. Desde então, as regiões paulistas têm avançado de fase e Campinas estava na fase amarela na semana passada. Essa fase prevê liberação para funcionamento de 40% da capacidade do comércio, por até 10h diárias.
"Quanto maior for essa taxa (de isolamento, menor será o risco de transmissão entre as pessoas. Já que sabemos, claramente, que isso depende essencialmente das aglomerações, quanto maior for a aglomeração, maior será a transmissão", disse o médico infectologia André Giglio Bueno.
OS NÚMEROS
Campinas
25/12 - 45%
26/12 - 43%
27/12 - 46%
Sumaré
25/12 - 44%
26/12 - 42%
27/12 - 44%
Indaiatuba
25/12 - 46%
26/12 - 46%
27/12 - 49%
Americana
25/12 - 44%
26/12 - 45%
27/12 - 48%
Hortolândia
25/12 - 42%
26/12 - 42%
27/12 - 44%
RESTAURANTES
Ainda nesta segunda-feira (28), a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) pediu para que a Prefeitura de Campinas não aderisse à fase vermelha prevista para voltar a acontecer no fim de semana do ano novo (1, 2 e 3 de janeiro).
Segundo a regional da Associação, 80% dos estabelecimentos da cidade não abriram para delivery no sábado e no domingo porque temiam ficar no prejuízo.
"O delivery representa só 20% do faturamento de um restaurante. Então, ele não é suficiente para se pagar as contas do restaurante", afirmou o diretor da entidade, Gustavo Maggioni.
A Prefeitura de Campinas afirmou que recebeu o ofício da Abrasel, afirmou que entende a solitação mas que as regras são definidas pelo estado e cabe ao município cumpri-las.