A Prefeitura de Campinas
divulgou nesta terça-feira (30) os números de sepultamentos
registrados na cidade neste ano quando o mundo foi atingido pela pandemia do coronavirus
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Segundo o balanço, que leva em consideração as mortes ocorridas entre 1º de janeiro e 29 de dezembro (ontem), a cidade contabilizou 6.543 mortes, contra 6.127 no ano passado - aumento de 416 óbitos, o que representa 6,7% de mortes a mais em meio a pandemia.
O número de mortes foi divulgado pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), durante transmissão na manhã de hoje pelas redes sociais.
Segundo Jonas, apesar do aumento, não houve um colapso no serviço funerário da cidade, ao contrário de outras cidades, que enfrentaram sobrecarga já que ficaram sem sepulturas suficientes, principalmente, para as vítimas da covid-19.
NÚMERO EXPRESSIVO
"Não tivemos nenhum colapso no nosso serviço funerário. A morte por si já é uma situação dolorida, e muitas cidades tiveram situações de sepultamentos indignas. Nós, felizmente, não tivemos problemas aqui", afirmou.
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Ao todo, segundo o boletim divulgado hoje, Campinas registra 1.466 mortes por covid-19 e passou os 50 mil casos da doença (leia mais aqui). Para o secretário de Saúde de Campinas, Carmino de Souza, apesar da covid-19, o número de mortes neste ano pode não ter sido ainda maior, devido a redução de mortes por outras causas.
"Eu acho que o número de mortes violentas, como de trânsito diminuíram. Não tivemos sazonalidade de doença da infância, não tivemos h1n1, que em 2019 teve uma mortalidade enorme. Fizemos uma campanha forte de vacinação. Então, pessoas que morreriam de gripe e suas consequências, também foram vacinadas. Tivemos também apenas uma morte por dengue na cidade e esperávamos um ano dificílimo para dengue, o que não ocorreu", explicou.
O presidente da Rede Mario Gatti, Marcos Pimenta, também falou sobre as mortes. "O paciente pode ter adquirido a covid. Ter falecido pelas complicações da doença, mas tinha uma série de outras comorbidades. A grande maioria que foi a óbito já tinha outras doenças e poderia ter morrido até mesmo por outras doenças. Houve então concomitância, do paciente que já tinha uma doença grave e faleceu por covid", disse.
AUXÍLIO
Apesar de afirmar que não houve colapso no serviço funerário, Jonas citou o aporte de recursos de R$ 5 milhões para a Setec (Serviços Técnicos Gerais).
Segundo o prefeito, o aporte veio para que o aumento nas despesas da empresa, que teve diminuição na receita vinda de permissionários do solo público, não fosse repassado as famílias enlutadas.
"Nós socorremos a Setec porque a receita dela é de permissionária do solo público. Socorremos com em torno de R$ 5 milhões. Agora em dezembro mais R$ 900 mil para completar a folha de pagamento. Embora tenha tido 416 sepultamentos a mais, economizamos mais de R$ 1 milhão, porque renegociamos com fornecedores. A gente não queria repassar o aumento para as famílias", afirmou.