A PM (Polícia Militar) de Campinas já iniciou uma operação para definir o esquema de escolta e policiamento para segurança da vacina da Covid-19 assim que ela chegar na cidade.
A operação leva em conta a expectativa para a aprovação da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, ou das demais vacinas que aguardam a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Além da vacinação na cidade, Campinas é definida pelo governo do Estado como uma das cidades que receberá carregamentos diretos do imunizante e será ponto de distribuição para cidades menores, com menos de 30 mil habitantes. Com a importância estratégica da cidade, a segurança será reforçada durante todas as entregas e as aplicações.
ROTAS DE FUGA E EFETIVO COMPLETO
A escolta da vacina será feita pelo Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia) e por outros três batalhões que atendem a cidade.
Segundo a PM, a escolta focará ainda nas rotas de fuga, com atenção nas proximidades de rodovias e pontos de acesso aos centros que contém a vacina, para evitar possíveis tentativas de assalto.
"Praticamente todo o efetivo estará direto ou indiretamente relacionado a essa operação, que vai se constituir inicialmente no protocolo de vigilância e acompanhamento da distribuição das vacinas e insumos, e do qual todas as cidades serão contempladas sobre a vigilância e guarda" afirmou o comandante interino do CPI-2 (Comando de Policiamento do Interior), Fagner Alexandre Pompiani
Além da escolta, o policiamento também estará presente durante a aplicação das vacinas.
"A Policia Militar juntamente com as forças de segurança municipal estará presente nesses locais para garantir não somente a vigilância e guarda dos materiais, mas também para manter a segurança da população que aguarda esses materiais" complementou.
A VACINAÇÃO
Na última sexta-feira (8) a Prefeitura de Campinas confirmou que a cidade terá grandes centros de vacinação de covid-19 para aplicação da Coronavac, feita pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac- mas ainda não informou quantos.
Em Campinas, a previsão é de cerca de 210 mil pessoas vacinadas nesta primeira fase, sendo pouco mais de 60 mil profissionais de saúde.
Ao todo, segundo o governo estadual, já existem 5,2 mil postos de vacinação espalhados por todo o Estado, com possível expansão para até 10 mil locais. O plano prevê uso de escolas, quartéis da PM, estações de trem e terminais de ônibus, farmácias e sistemas drive-thru.
No total, serão mobilizados 77 mil profissionais, sendo 52 mil da Saúde e 25 mil policiais que atuarão desde as etapas de armazenamento, envio de doses e insumos às regiões e municípios, até a aplicação das vacinas nos postos.
O plano logístico prevê saídas semanais de grades com dois milhões de doses, com caminhões refrigerados e equipados para monitoramento de temperatura, rastreabilidade por radiofrequência, equipe de apoio, além de uma auditoria independente sobre todo volume de carga movimentada. Em média, 70 rotas deverão ser percorridas semanalmente.
Calendário previsto:
A vacinação do primeiro grupo será feita de forma escalonada:
Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas: a partir de 25 de janeiro (1ª dose) e a partir de 15 de fevereiro (2ª dose)
75 anos ou mais: a partir de 8 de fevereiro (1ª dose) e a partir de 1º de março (2ª dose)
70 a 74 anos: a partir de 15 de fevereiro (1ª dose) e a partir de 8 de março (2ª dose)
65 a 69 anos: a partir de 22 de fevereiro (1ª dose) e a partir de 15 de março (2ª dose)
60 a 64 anos: a partir de 1ª de março (1ª dose) e a partir de 22 de março (2ª dose).