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Testada em Campinas, vacina da Johnson tem eficácia de 66%
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Testada em Campinas, vacina da Johnson tem eficácia de 66%

A Johnson anunciou, nesta sexta-feira (29) que a vacina contra a covid-19 testada pela farmacêutica teve 66% de eficácia em prevenir casos moderados e graves.

Em Campinas, a vacina foi testada em 417 pessoas, com estudos realizados no Hospital da PUC. Na cidade, o estudo de fase 3 foi encerrado no dia 9 de dezembro. Do total de vacinados em Campinas, 35% tinha mais de 60 anos. Ao todo, no Brasil, 7.560 pessoas participaram dos ensaios.

A vacina da Johnson e Johnson foi uma das quatro que receberam autorização para testes de fase 3 (a última) no Brasil. As outras foram a da Pfizer-BioNTech, a vacina de Oxford e a Coronavac- sendo que essas duas últimas já anunciaram a eficácia, tiveram o pedido de uso emergencial aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e estão em uso no país.

Segundo a farmacêutica, para os casos considerados graves, o nível de proteção foi de 85%, e nenhuma pessoa vacinada morreu de covid. A eficácia global da vacina não foi divulgada, e os resultados ainda não foram publicados em revista científica. 


A conclusão e divulgação dos ensaios clínicos no Brasil ainda são aguardadas, e com o resultado, a empresa pode agora entrar com o pedido de uso emergencial no país, o que ainda não foi feito.

A VACINA 

Diferente das vacinas aplicadas atualmente no Brasil, a da empresa norte-americana, é dose única. Durante os testes ela esteve aberta para qualquer pessoa entre 18 e 59 anos e que não tivesse comorbidades graves. 

Segundo a Johnson, considerando todos os ensaios de fase 3 em oito países, incluindo Estados Unidos, Brasil e África do Sul a vacina teve 66% de eficácia contra casos moderados e graves de covid 28 dias após a vacinação. Isso significa uma redução de 66% nos casos moderados e graves de covid no grupo vacinado em relação ao grupo não vacinado.

Contando somente os ensaios dos EUA, a eficácia contra casos moderados e graves foi de 72%; na América Latina, de 66%; na África do Sul, onde uma variante mais contagiosa do coronavírus está circulando, a eficácia foi de 57%. 

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Considerados apenas os casos graves, em todas as regiões, a eficácia da vacina chegou a 85%. Isso significa uma redução de 85% nos casos graves de covid no grupo vacinado em relação ao grupo não vacinado. A proteção começou 14 dias após a vacinação. 

Segundo a farmacêutica, a vacina pode ser armazenada por pelo menos 3 meses em temperaturas de 2ºC a 8ºC o que é compatível com a rede de frio de vacinação usada no Brasil hoje. Em temperaturas de -20ºC, ela fica estável por dois anos, estima a Johnson.  

A J&J disse ainda que pretende enviar o pedido de aprovação para uso emergencial à FDA (agência norte-americana que regulamenta medicamentos) até a próxima semana, o que colocaria a vacina disponível para uso até o final de fevereiro.

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