Um ano após a morte do telefonista Andrew Silva Jaroczinski, de 19 anos, na região central de Campinas , a família ainda busca Justiça para o caso. Nesta terça-feira (9), familiares e amigos da vítima fizeram um protesto às 15h em frente ao Palácio de Justiça pedindo a conclusão do processo e prisão dos réus.
A morte do jovem ocorreu no dia 10 de janeiro de 2020. Ele foi esfaqueado após uma discussão no bar Velho Casarão. Segundo a Polícia Civil, a briga foi causada na época porque um dos garçons derrubou ketchup na calça de um cliente (leia mais abaixo).
A ESPERA DO JULGAMENTO
A família ainda espera uma data de julgamento do caso. "Foi um ano de muita dor, um ano de decepção. Vejo vários casos de assassinatos que aconteceram posteriormente e já têm pessoas presas e condenadas. Como a pandemia afetou só o caso do meu filho?", disse a mãe de Andrew, Aparecida de Fátima Silva Araújo.
Ainda segundo ela, um dos suspeitos citados na investigação não mora mais no endereço que havia fornecido. "Nem assim a Justiça pede a prisão preventiva. Ninguém pode garantir que ele se encontra ainda no Estado (de São Paulo)", afirmou.
Sobre o estado emocional, Aparecida disse que o coração dela apenas bate. "Só bate, né? Tenho mais dois filhos, mas acabou. Meu filho foi assassinado injustamente. Ele é assassinado todos os dias por essa impunidade. Eu me pergunto onde está a justiça", disse ela.
O CASO
O caso ocorreu no dia 10 de janeiro de 2020. O jovem morreu a ser esfaqueado após uma discussão no bar Velho Casarão. Segundo a Polícia Civil, a briga foi causada na época porque um dos garçons derrubou ketchup na calça de um cliente.
De acordo com o delegado Hamilton Caviola responsável pela investigação do caso, o jovem não teria participado dessa primeira briga, mas acabou envolvido na segunda, que ocorreu fora do estabelecimento comercial. Os réus do caso são o dono do bar Casarão e dois funcionários, que seguem em liberdade.
À polícia, Osmar Poris da Silva, de 37 anos, confessou o crime. Ele é irmão de um dos proprietários do bar. Ele trabalhava no local como garçom. Segundo o delegado, Silva confessou o crime e alegou que agiu por emoção, após ver o irmão ser agredido por Andrew. Após a confissão, ele disse estar arrependido e afirmou que agiu no "calor da emoção".
REPERCUSSÃO
Com a repercussão do caso, o bar chegou a ser depredado e a família criou uma petição on-line para pedir que a Polícia Civil acelerasse as investigações do caso, com o pedido de prisão do acusado. Nesta quarta-feira (9), o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo informou que "o processo está na fase de citação dos réus" e "eles estão em liberdade".