A Prefeitura de Campinas
informou no final da manhã de hoje (22) que a cidade continua com 100% dos leitos de UTI
(Unidade de Terapia Intensiva) da rede municipal ocupados.
Ontem, a secretaria anunciou a lotação total na rede pública de saúde, sendo que nem nos leitos estaduais havia vaga para novas internações. Segundo a Pasta, o quadro geral, incluindo os leitos do SUS estadual e da rede privada será atualizado apenas durante a tarde.
Por enquanto, de acordo com a Prefeitura, os pacientes da rede pública que necessitam de um acomodamento em UTI estão aguardando transferência pela Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) do Estado de São Paulo. A Prefeitura, no entanto, não informou o número de pacientes que aguardam uma vaga na UTI.
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MEDIDAS
Em meio à lotação máxima de UTIs e o aumento significativo de casos da doença em Campinas, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) anunciou que fará hoje (22) uma transmissão nas redes sociais para anunciar ações que serão tomadas para o combate à covid-19 na cidade. O anuncio deve ser vindo de medidas restritivas, que ainda não foram adiantadas.
Além disso, a Prefeitura abrirá mais 15 leitos de UTI-Covid até terça-feira (24). Estas acomodações foram prometidas no fim de janeiro, quando a cidade atingiu o 100% de ocupação pela primeira vez.
MENOS LEITOS
Vale lembrar que atualmente, as unidades mantidas pelo município (SUS municipal) possuem 107 leitos. Já os leitos do governo estadual (SUS estadual), que se resumem ao Hospital de Clínicas da Unicamp, são 20. Na rede particular há 132 leitos de UTI covid-19.
Na fase mais severa da pandemia em 2020, Campinas chegou a ter cerca de 90 leitos de UTI covid mantidos pelo estado. Além das vagas no HC, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) era usado exclusivamente para atender pacientes com coronavírus. Em outubro do ano passado, o AME iniciou os atendimentos gerais.
A oferta de leitos no SUS municipal também era maior entre junho e agosto do ano passado. No início de julho, por exemplo, só a prefeitura mantinha 145 estruturas - 38 a mais que atualmente. Em meio à fase mais severa, a Prefeitura mantinha também o Hospital de Campanha, que foi desativado em agosto.