
Após o prefeito de Campinas Dário Saadi (Republicanos) suspender as aulas presencias das escolas públicas e privadas a partir desta quarta-feira (3) por conta da fase vermelha no município, algumas escolas abriram e receberam os alunos nesta manhã.
A suspensão da aulas vale para as redes pública e particular, desde o ensino infantil até faculdades. No entanto, os pais dos estudantes e responsáveis pelas escolas alegam que não tiveram tempo de se organizarem, já que o decreto foi publicado hoje no Diário Oficial.
À EPTV Campinas, a diretora de uma das escolas disse que entrou em contato com a Prefeitura e foi informada que poderia abrir hoje. Procurada, a Administração confirmou que de fato há essa tolerância.
A orientação, segundo a Prefeitura, é que as unidades funcionem apenas por questão de acolhimento e não devem prosseguir com as atividades pedagógicas. A tolerância valerá somente para esta quarta-feira.
No caso das escolas estaduais, a Secretaria de Educação do Estado informou que segue o decreto da Prefeitura e as unidades não estão com atividades pedagógicas. Além disso o fornecimento de merenda está mantido.
Com a suspensão, alguns pais dizem não ter com quem deixar os filhos e temem pelo atraso pedagógico. "A escola para mim é uma rede de apoio. Eu vou tentar reativar a outra rede de apoio que eu tenho, e pensar qual vai ser o prejuízo para meu filho durante esses 15 dias de novo", disse a publicitária Camila Camargo.
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CASOS NAS ESCOLAS
Desde a retomada das aulas em Campinas, foram registrados vários casos da doença em escolas, inclusive algumas suspenderam as aulas por causa disso.
Na rede estadual, foram confirmados pelo menos quatro casos e uma escola chegou a ter as aulas suspensas no mês passado. Já na rede particular, pelo menos oito escolas tiveram casos da doença e três precisaram suspender as aulas.
Nesta semana, o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas informou que acompanha 58 escolas da cidade que tiveram casos ou suspeitas de covid-19 . O número é quase o dobro do balanço anterior, divulgado no dia 15 de fevereiro.
O levantamento mostrou que em 39 escolas houve casos confirmados ou suspeitos da doença entre alunos e funcionários. Já, em outras 19 escolas o acompanhamento era para investigar um surto da doença. Nesses casos, são escolas em que houve dois ou mais casos confirmados ou suspeitos.