Quinze cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) aderiram ao consórcio para compra de vacinas contra a Covid-19 de forma independente do governo federal , segundo lista atualizada da FNP (Frente Nacinal de Prefeitos) divulgada ao meio-dia de hoje (5). Agora, as prefeituras terão duas semanas para aprovar em suas Câmaras municipais projetos de lei que permitam a participação no coletivo.
São elas: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré e Vinhedo. No total, 1.703 cidades assinaram o acordo coletivo pela compra da vacina, após uma reunião na segunda-feira (1º) onde foi apresentado o plano.
NÃO ADERIRAM
Na região, cinco cidades não assinaram a ficha cadastral: Engenheiro Coelho, Itatiba, Monte Mor, Morungaba e Valinhos. Segundo a FNP, as cidades poderão se inscrever futuramente caso queiram e aprovem o projeto no Legislativo municipal até o dia 19 de março.
A proposta do consórcio é que, a partir do dia 22 de março, o coletivo exista legalmente para comprar a vacina contra a covid-19, com uma negociação a parte do Ministério da Saúde. Inclusive, caso a paste não repasse verba para a compra, a previsão é que as próprias administrações utilizem fundos municipais.
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OS PREFEITOS
"Como combinado com os prefeitos e as prefeitas, nós vamos disponibilizar o projeto de lei que será único para todas as prefeituras. É um projeto autorizativo e que referenda a decisão dos prefeitos e das prefeitas da participação do consórcio. Tudo isso amparado na legislação federal já existente, que dá o direito a esse consórcio de adquirir não só as vacinas, mas insumos pertinentes à saúde", disse o presidente da FNP, Jonas Donizette (PSB), ele também é ex-prefeito de Campinas.
O atual prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), afirmou que enviou o o termo de adesão na última quarta-feira (3) e foi uma das primeiras a manifestar interesse. "A imunização da população é urgente. Os atrasos nos envios e aplicação das doses dificultam o controle da doença e coloca em risco a vida das pessoas", disse. "Enquanto governantes, precisamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para disponibilizar a vacina o quanto antes", disse.
BOLSONARO
Esse movimento da compra de vacinas pelas prefeituras ocorre após a resistência do governo Bolsonaro em comprar os imunizantes de covid-19. Ontem, o presidente disse a apoiadores em Uberlândia que "tem idiota que pede a compra de vacina".
Ele disse ainda que editou medidas provisórias para destinar R$ 20 bilhões para compra de vacinas e que, neste mês, 22 milhões de doses devem ser entregues à população.
CAPITAIS
Entre as capitais que aderiram ao consórcio estão: Rio Branco (AC), Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Recife (PE), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), RECIFE (PE), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Aracaju (SE), São Paulo (SP) e Palmas (TO).