A fase vermelha estadual começou na meia-noite deste sábado (6) em todas as regiões paulistas, incluindo a de Campinas. Na fase mais restritiva do Plano São Paulo, somente serviços essenciais podem funcionar. A medida,
anunciada na quarta-feira (3),
tem validade de duas semanas, indo até o dia 19 de março. Junto com ela, o Estado decretou um toque de restrição das 20h às 5h - ou seja, proibição de circulação de pessoas.
Além da fase vermelha estadual,
Campinas já estava sob a restrição severa desde o dia 3 de março, por determinação municipal.
Por dois dias seguidos, na quarta e na quinta, a rede municipal de saúde da cidade entrou em colapso ao atingir 100% de ocupação no SUS tanto para covid como para outras doenças. Por conta disso, o município tem aberto mais leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo),
inclusive no Hospital Metropolitano - que foi requisitado judicialmente.
No Estado, o governador João Doria (PSDB) afirmou que a medida ocorre devido ao agravamento da pandemia, com alta de óbitos e internações por covid-19. Segundo ele, São Paulo internou um paciente de covid-19 a cada dois minutos.
"Vamos enfrentar as duas piores semanas da pandemia desde o primeiro caso de covid-19 no país". disse o governador. Na fase vermelha, somente poderão funcionar supermercados, farmácias e outros serviços considerados essenciais. O comércio, restaurantes e bares só poderão funcionar com delivery, retirada ou drive-thru.
Já as escolas serão mantidas abertas, segundo o governo de São Paulo. Essa é a primeira vez durante a pandemia que isso ocorre na fase mais restritiva e a medida foi anunciada com a justificava de acolher alunos que não tem condições de estudar remotamente. Em Campinas, no entanto, as aulas presenciais estão suspensas por determinação municipal. Isso afeta além das escolas particulares.
O QUE PODE FUNCIONAR NA FASE VERMELHA
Saúde:
hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas, lavanderias e estabelecimentos de saúde animal.
Alimentação:
supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres. É vedado o consumo no local. Bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega (delivery) e que permitem a compra sem sair do carro (drive thru). Válido também para estabelecimentos em postos de combustíveis.
Abastecimento:
cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção.
Logística:
estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos automotores, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos.
Serviços gerais:
lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica de produtos eletroeletrônicos e bancas de jornais.
Segurança:
serviços de segurança pública e privada.
Comunicação social:
meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
Construção civil, agronegócios e indústria:
sem restrições.