Carreata pede o retorno das aulas presenciais em Campinas
Reprodução: ACidade ON
Carreata pede o retorno das aulas presenciais em Campinas

Uma carreata realizada na manhã deste domingo (7) protestou contra a suspensão das aulas presenciais durante a fase vermelha da quarentena em Campinas. Cerca de 50 carros participaram do ato que foi realizado de maneira pacífica.

A concentração da manifestação aconteceu no estacionamento do Portão 2 da Lagoa do Taquaral e às 10h os carros partiram em direção a Prefeitura de Campinas.

Alguns dos veículos participantes escreveram mensagens de apoio ao protesto, como "Escola Já", "Escolas Abertas" e "Educação: Serviço Essencial". A GM (Guarda Municipal) acompanhou a manifestação. Ela foi pacífica e nenhum carro foi multado.

A carreata saiu do bolsão do estacionamento da Lagoa e seguiu pela Avenida Dr. Heitor Penteado, Avenida Júlio Prestes, Avenida José de Souza Campos, Rua Sampainho, Avenida Benjamin Constant e terminou na Avenida Anchieta, em frente à Prefeitura de Campinas. A manifestação se dispersou depois de chegar ao destino final.

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FASE VERMELHA

O protesto realizado hoje cedo era contra a suspensão das aulas presenciais durante a fase vermelha, que foi adotada em todo o estado de São Paulo nesse sábado (6). A medida foi implementada para evitar o colapso do sistema de saúde, devido a taxa de ocupação das UTIs, além do aumento de casos e mortes relacionadas ao coronavírus.

De acordo com as regras estaduais, as aulas presenciais podem ser mantidas desde que recebam diariamente até 35% dos alunos matriculados. Campinas, no entanto, decidiu vetar por completo as aulas presenciais durante essa fase vermelha. 

O veto foi feito pelo Dário Saadi (Republicanos) devido a alta procura por UTIs na cidade. Na última atualização dos casos, reportada na sexta (5), a taxa de ocupação em Campinas era de 92,68%, sendo apenas quatro leitos livres na rede pública municipal e estadual e 19 na rede particular.  

Além disso, desde o início da pandemia, Campinas já teve 71.393 pessoas infectadas e 1.927 morreram da doença.  

PREFEITURA

A Prefeitura de Campinas foi procurada para comentar o caso e reiterou, em nota, que a decisão de suspender as aulas foi tomada "diante do aumento de internações de pacientes graves com Covid-19". Leia a nota:

"As atividades presenciais nas escolas estão suspensas durante a Fase Vermelha estabelecida pelo decreto municipal, anterior ao do governo do Estado.

A decisão foi tomada a partir de consenso da equipe de Vigilância em Saúde, da Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência, e das secretarias de Saúde e Justiça diante do aumento de internações de pacientes graves com Covid-19.

Não foi uma decisão fácil, mas é necessária para tentar reduzir a transmissão do novo coronavírus e evitar o colapso do sistema de saúde."

CASOS EM ESCOLAS

Na última semana, o número de escolas públicas e privadas de Campinas que tiveram casos confirmados ou suspeitos para covid-19 subiu de 30 para 58 , segundo o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde)

No levantamento das escolas divulgado na data pela Vigilância, em 39 escolas houve casos confirmados ou suspeitos da doença entre alunos e funcionários. Já, em outras 19 escolas está havendo um acompanhamento para investigar um surto da doença.

Nesses casos, são escolas em que houve dois ou mais casos confirmados ou suspeitos. Em uma delas um surto já foi confirmado.

Além dos casos, na quarta (3), o Instituto Educacional Jaime Kratz localizado no bairro Taquaral, em Campinas, confirmou a morte de uma professora de 57 anos vítima de covid-19.

De acordo com a nota oficial enviada pela escola, a professora testou positivo no dia 5 de fevereiro e foi internada no dia 10. Ela morreu após 22 dias internada.  

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