Com demora, Prefeitura pede à Unicamp diagnóstico de nova cepa em Campinas
Reprodução: ACidade ON
Com demora, Prefeitura pede à Unicamp diagnóstico de nova cepa em Campinas

O Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas solicitou ao IB (Instituto de Biologia) , da Unicamp , um apoio para realizar o sequenciamento genético que busca a identificação da circulação da nova cepa do coronavírus na cidade. O pedido foi informado pela Administração na quarta-feira (10) e a Unicamp disse que já está realizando a análise em busca da mutação P.1.

O pedido de apoio à Unicamp ocorreu porque o Instituto Adolfo Lutz, que recebeu o pedido de 13 análises suspeitas da doença no final de fevereiro, ainda não apresentou o resultado à secretaria municipal de Saúde.

Segundo a diretora do Departamento, Andrea von Zuben, os pedidos de diagnóstico da nova cepa serão enviados, a partir de agora, concomitantemente para os dois locais, na expectativa de que o resultado chegue o mais rápido possível. "Pedimos esse apoio para ver se temos uma resposta mais rápida. E temos cobrados repetidamente", disse.

Ainda segundo ela, há um congestionamento de pedidos de investigação de amostras no Adolfo Lutz, por conta dos pedidos vindos do estado inteiro.

Na Unicamp, o sequenciamento genético já está sendo feito pelo Núcleo de Virologia. "A partir da amostra clínica do paciente submetemos à análise da sequência genética em busca do vírus. O novo variante, chamado de P.1, possui um conjunto de 17 mutações. É uma assinatura de mutações. Então procuramos as mutações nesse sequenciamento", disse o pesquisador Jose Luiz Módena.

O prefeito Dário Saadi (Republicanos) afirmou que acredita que a nova cepa, batizada de P1 e mais conhecida como cepa de Manaus, onde se originou, está em circulação pela cidade devido ao agravamentos dos casos e, consequentemente, o maior número de internações - que tem pressionado a rede pública de saúde. "Na minha opinião, não tem dúvida (que ela está circulando). Mas ainda não temos o sequenciamento genético, ainda", afirmou.

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SUSPEITA


No dia 17 de janeiro, a Prefeitura informou que suspeitava que a nova variante do coronavírus já estaria circulando por Campinas. Houve um aumento de casos e internações e por conta disso, a secretaria de Saúde conseguiu autorização para realizar o sequenciamento genético no Instituto.


Essa nova variante do coronavírus, uma cepa detectada em Manaus, foi chamada de P1. Andrea explicou que nessa análise foram usados alguns critérios, como pacientes mais graves, na faixa etária de 40 anos, além de casos de reinfecção em Campinas.

No dia 15 de fevereiro, a pasta divulgou que a nova variante já foi identificada na cidade. Ela veio com uma paciente de 78 anos que veio de Manaus no dia 14 de janeiro e desembarcou no aeroporto internacional de Viracopos.

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