Especialista responde: é verdade que as vacinas podem alterar meu DNA?
Reprodução: ACidade ON
Especialista responde: é verdade que as vacinas podem alterar meu DNA?

Desde a chegada das vacinas contra a covid-19, muitos mitos foram criados sobre elas; presidente chegou até a dizer que os vacinados poderiam "virar jacaré".

Assim que as primeiras vacinas contra a covid-19 começaram a ser aplicadas no mundo, muitos mitos começaram a circular nas redes sociais, colando em cheque a eficácia delas.

A falta de confiança nos imunizantes - ventilada até mesmo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a satirizar que os vacinados poderiam virar jacaré - fez com que muitos mitos fossem fortalecidos.

Várias outras teorias conspiratórias foram alimentadas em correntes de WhatsApp. Uma delas afirmava que as vacinas seriam capazes de alterar o DNA das pessoas vacinadas, causando defeitos genéticos, câncer, mutações que podem ser passadas para as próximas gerações.

A infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia Raquel Stuchi esclarece que tanto a Coronavac e a AstraZeneca, vacinas que já estão sendo aplicadas no Brasil, quanto as vacinas que utilizam a tecnologia RNA em sua fórmula, não podem alterar o DNA das pessoas vacinadas.

"As vacinas, nem mesmo a de RNA Mensageiro, não tem risco de alterar nosso material genético. Elas nem chegam perto do nosso material genético", explica.

Segundo a bióloga com doutorado em genética humana e docente do Unimetrocamp Luciana Maria de Hollanda, as vacinas de RNAm (RNA mensageiro) são consideradas uma das tecnologias mais promissoras, com pesquisas iniciadas há décadas.

Ela explica que esse tipo de vacina é elaborado com partes da molécula do DNA genético do patógeno que, ao serem inseridas no corpo humano, fornecem ao organismo as instruções para produzir os anticorpos necessários para combater a doença, sem a inoculação direta do vírus vivo ou inativado.

"É uma vacina que ganhou destaque devido à sua potencial segurança, uma vez que o RNAm não se integra ao material genético do hospedeiro, não causando mutação na célula. Possui potencial para fabricação rápida, barata e escalonável, mas apresenta ainda o desafio da armazenagem e transporte, pois precisam ser conservadas entre -20 e -80 Cº. Exemplos: vacina contra a SARS-CoV-2".

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