Cemitério da Saudade, em Campinas.
Divulgação/ SETEC
Cemitério da Saudade, em Campinas.

O número de funerais cresceu 28,3% em Campinas neste ano. A reportagem comparou os dados entre o dia 1º de janeiro a 22 de março de 2020 com o mesmo período deste ano. As informações foram confirmadas pela Setec (Serviços Técnicos Gerais de Campinas).

A cidade passa por seu pior momento na pandemia do coronavírus. Tanto no caso de quebra de recordes de mortes por dia, como também na ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para tratamento de covid-19, que atingiu sua pior taxa desde o início da pandemia.

De acordo com a Setec, entre janeiro e março de 2020, Campinas registrou, nos três cemitérios municipais, 1.273 velórios. Quando comparado o mesmo período com 2021, o número salta para 1.634.

A alta nos números traz problemas na hora de realizar os sepultamentos. No Cemitério dos Amarais, por exemplo, máquinas chegam a ficar paradas por problemas mecânicos. A Setec informou que tem mantido manutenção constante (leia mais abaixo).

POR MÊS

O mês com maior crescimento percentual de velórios foi março. Do dia 1º até o dia 22 do mês em 2020, foram 353 cerimônias, contra 493 do mesmo período de 2021 - um aumento de 39,6%.

Janeiro teve um aumento e 30,7% - 472 velórios em 2020 contra 617 este ano. Fevereiro o aumento foi de 16,9%, com 448 cerimônias no ano passado e 524 em 2021. 

Máquinas estão quebrando pelo alto número de velórios (Foto: Ricardo Alessandro)

PROCEDIMENTOS

A Setec foi procurada e em relação ao maquinário disse que é natural que apresentem problemas como fadiga de peças e componentes, porém a manutenção tem sido feita constantemente, atendendo às necessidades da Setec.


Sobre os trabalhadores, a autarquia disse que adotou todos os procedimentos pertinentes à atual situação.

"Por orientação da presidência, foram adotadas escalas de trabalho diferenciadas. Outra medida foi a vacinação dos funcionários que compõe as equipes da linha de frente, como agentes funerários e pessoal dos cemitérios, inclusive os que estavam afastados por pertencerem aos grupos de risco, para que possam retornar às suas atividades".

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