O ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 em Campinas - que segue a tendência nacional devido a falta de imunizantes - pode fazer com que o grupo prioritário , que inclui profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos , possa levar mais três meses para receber a segunda dose da vacina . Segundo dados da Prefeitura, do dia 18 de fevereiro até hoje foram aplicadas 193.928 doses de vacina.
O número corresponde a uma média 2.486 doses aplicadas por dia, levando em consideração sábados, domingos e feriados. No entanto, o público-alvo dessa primeira etapa de vacinação é de 209 mil pessoas (veja números abaixo). Considerando que cada uma delas deve tomar duas doses, e contabilizando a média diária atual, seriam necessários ainda mais 90 dias para imunizar completamente o público alvo dessa primeira etapa.
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Essa demora tem preocupado a comunidade médica, que acredita que isso possa ajudar na proliferação de novas variantes da covid-19. "A gente já tem algumas variantes no Brasil, e que ainda tem uma cobertura das vacina que temos disponível no momento, a de Oxford e a Coronavac. Temos essa vantagem. Mas quanto mais rápido contermos a contaminação há menores chances de novas mutações", disse a infectologista Priscila de Marco da Silveira Frazão.
De acordo com a Prefeitura, o ritmo de vacinação caminha de acordo com a liberação das vacinas pelo estado, que tem ocorrido quase toda semana. "O município tem o dever de otimizar o uso das doses que chegam, não tendo perda. Mas não temos como avançar além do que recebemos do estado", disse a articuladora do programa de imunização de Campinas, Ana Cecília Zuiani.
PÚBLICO ALVO DA PRIMEIRA ETAPA
1º - Profissionais de saúde, indígenas e quilombolas - cerca de 63 mil pessoas em campinas;
2º - Pessoas com 75 anos ou mais - 40.383 pessoas;
3º - 70 a 74 anos - 26.309 pessoas;
4º - 65 a 69 anos - 33.507 pessoas;
5° - 60 a 64 anos - 46.169 pessoas.
(Com informações da EPTV Campinas)