O número de casos de dengue confirmados em Campinas teve alta de 104,2%, segundo dados da Secretaria de Saúde. Boletim epidemiológico de arboviroses divulgado nesta quinta-feira (8) aponta que o município tem até o momento 529 casos. No boletim anterior, do dia 8 de março, eram 259 casos até então.
Em relação à incidência da doença por região até o momento, a Sudoeste é a que tem maior número de pessoas infectadas pela dengue. Foram 152 - o que representa 28,7% do total do município. Entre os bairros desta região, que concentras os distritos do Ouro Verde, estão o Jardim Novo Campos Elíseos, Jardim Ieda, Vila União e Jardim Parque de Viracopos.
Em segundo lugar com mais casos da doença está a região Noroeste, região do distrito do Campo Grande, com 106 casos (20% do total). Os bairros desta área são Satélite Íris e Vila Teixeira. A Prefeitura também informou hoje que em 2021 ainda não há registro de óbitos por dengue entre os moradores do município.
CONFINAMENTO
Sobre o período de confinamento por causa da pandemia de covid-19, a Prefeitura explicou que ele "não interfere diretamente na dinâmica da dengue, pois não é uma doença de transmissão pessoa a pessoa. Esse aumento é decorrente da sazonalidade da doença, relacionada a fatores climáticos - chuva e altas temperaturas - e disponibilidade de criadouros".
EM 2020
No ano passado, foram 3.965 casos de dengue e uma morte. A vítima, um homem de 73 anos, morreu em 14 de abril em decorrência de complicações da dengue. Ele era hipertenso e diabético e teria tido início de sintomas em 31 março, sendo atendido em hospital municipal de Jaguariúna por escolha da família em 4 de abril.
EPIDEMIAS
Em Campinas, foram registradas duas epidemias de dengue seguidas, em 2014 e 2015. No primeiro ano, foram 42.109 casos de dengue, com 10 mortes confirmadas. Em 2015, foram 65.634 casos e 22 óbitos.
Em 2019, também houve novo aumento no número de casos, com 26.330 registros e 6 mortes. Já no passado, o mês com mais casos foi março, com 1.049. Em 2021, para comparação, março teve 200 casos de dengue.
PROGRAMA DE PREVENÇÃO
A Prefeitura informou que mantém um programa de controle e prevenção da doença por meio do Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, mas cada cidadão precisa fazer a sua parte, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros. Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), 80% dos criadouros estão dentro das casas.
Para acabar com a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, é preciso evitar acúmulo de água e remover latas, pneus e outros objetos.