O Instituto Butantan, responsável pela distribuição da vacina chinesa Coronavac no Brasil, desmentiu os boatos que circula nas redes sociais de que as vacinas contra a covid-19 que estão sendo aplicadas no Projeto Serrana não estão surtindo efeito ou estão contribuindo para o aumento de mortes.
Segundo o instituto, o Projeto S, que está imunizando a população adulta da cidade de Serrana
- município que integra a Região Metropolitana de Ribeirão Preto -, começou a aplicar nesta semana a segunda dose da Coronavac no último grupo de habitantes.
De acordo com os pesquisadores, a imunização só fica completa de duas a três semanas após o indivíduo receber a segunda dose da vacina.
Por esse motivo, qualquer conclusão acerca dos resultados da vacinação é precipitada e inverídica, já que o estudo clínico ainda está em andamento.
As primeiras conclusões, segundo o instituto, só serão obtidas em maio. O projeto, pioneiro em todo o mundo, alcançou 65,3% do público alvo, que é de 28.380, até domingo (4). Por enquanto, somente 18.535 dos voluntários tomaram a 2ª dose.
"A vacina do Butantan é segura e eficaz e é a que está sendo aplicada hoje em 90% dos brasileiros. Após a imunização, vale lembrar que ainda é preciso aguardar e manter as regras sanitárias, além de fugir das notícias falsas", ressaltou o Butantan.
MAIS SOBRE O PROJETO
O Projeto S em Serrana foi lançado em 12 de fevereiro. O estudo, inédito no mundo, foi idealizado pelo Instituto Butantan e tem como objetivo analisar o impacto e a eficácia da vacinação na redução de casos de covid-19 e no controle da pandemia.
O estudo foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e está registrado na base de dados internacional ClinicalTrials.gov sob o número NCT04747821.
Com o objetivo de informar a população sobre cada etapa da pesquisa, foi criado o site oficial: projeto-s.butantan.gov.br. No endereço, é possível consultar a linha do tempo do projeto, episódios do documentário com imagens e depoimentos inéditos e podcasts. Também é possível conhecer alguns moradores de Serrana em "Faces da Pandemia".