Campinas terá app de monitoramento da fauna em Sousas e Joaquim Egídio
Reprodução: ACidade ON
Campinas terá app de monitoramento da fauna em Sousas e Joaquim Egídio

Campinas será a primeira cidade no estado de São Paulo a fazer um monitoramento da fauna de forma on-line em parceria com a Fiocroz. O aplicativo inédito trará alertas de doenças em animais silvestres e também incêndios na mata. A nova tecnologia já poderá ser usada a partir de maio, neste período de estiagem nas regiões dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio.

Segundo a Fiocruz, o aplicativo vai ser usado por técnicos da Vigilância em Zoonoses e Defesa Civil. A ideia é que, no futuro, os moradores também poderão contribuir, enviando fotos e informações. No dia 15 de abril, um treinamento do software já foi dado aos agentes da cidade.

"Os animais silvestres são bons indicadores de como está a fauna silvestre. Quando encontramos um animal morto, isso já gera um alerta para as equipes de saúde. A ideia é intervir e evitar a circulação desse vírus e de outros agentes na população humana', coordenador da Vigilância de Zoonoses de Campinas, Ellen Fagundes. Em 2017, macacos bugios foram encontrados mortos em Sousas e indicaram a circulação do vírus da febre amarela.

COMO FUNCIONA

A ferramenta, chamada de Siss-Geo (Sistema de Informacao em Saude Silvestre), utilizada em smartphones sistemas Android e iOS, foi desenvolvida pela plataforma institucional biodiversidade e saude silvestre da Fundacao Oswaldo Cruz em conjunto com o Lncc (Laboratorio Nacional de Computacao Científica).

A partir daí, a Prefeitura de Campinas, Ministério da Saúde, Secretaria do Estado da Saúde e a Fiocruz fizeram uma parceria para o uso do aplicativo no município. Durante o treinamento, os gestores da saúde e da Defesa Civil aprenderam como usar e inserir dados no aplicativo, gerar relatórios e planilhas de dados.

BANCO DE DADOS

O banco de dados é alimentado pelos usuários, que postam, pelo próprio Siss-Geo, a foto e aspectos sobre um animal silvestre. O aplicativo conta com o georreferenciamento, que já localiza o animal.


Por meio de um modelo matemático que leva em consideração alguns parâmetros, como características e aspectos físicos dos bichos, posição geográfica e registros de especialistas, o sistema dispara um alerta caso identifique algum surto de doença causada por animais silvestres, como, por exemplo, a raiva e a febre amarela.

A emissão do alerta vai permitir rapidez nas ações de vigilância, prevenção e controle de surtos de doenças, uma vez que identificada uma situação anormal, o centro de informação em saúde silvestre tornará disponível a informação para que os setores responsáveis possam buscar novos dados para sua identificação e confirmação e estimular a pesquisa.

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