Após reunião com a Prefeitura, trabalhadores do transporte público de Paulínia mantiveram a paralisação nesta quinta-feira (29). Pela manhã, os ônibus circulavam normalmente, mas os motoristas informaram que encerrariam as atividades novamente às 9h.
O protesto, segundo os trabalhadores, ocorre por garantias na nova licitação do transporte público que, de acordo com eles, não contempla os cobradores, e que somente os motoristas estariam autorizados a trabalhar. Na segunda-feira (26), três empresas interessadas entregaram documentos para participar do certame.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários da cidade, os trabalhadores querem que a nova licitação mantenha os cobradores atuais no futuro contrato, além de estabilidade de seis meses.
REUNIÃO
Na noite desta quarta-feira (28), representantes dos motoristas, cobradores e transporte público do município se reuniram na Prefeitura de Paulínia com o secretário de esportes durante quatro horas para discutir o assunto.
Durante a reunião, um grupo de trabalhadores formado por aproximadamente 30 pessoas esperaram a decisão do lado de fora da Prefeitura.
O secretário titular da pasta, João Victor Teixeira, disse que na reunião foram apresentadas propostas de inserção ao mercado aos trabalhadores.
"Mesmo os cobradores não sendo incluídos na licitação, nós viemos ajudar na capacitação desses trabalhadores, através de parceria com a secretaria Ação e Inclusão, secretaria de Desenvolvimento e outras entidades, para inserir esses trabalhadores novamente no mercado de trabalho", disse.
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Ainda segundo o secretário, eles teriam chego a um acordo, mas um dos representantes dos trabalhadores teria recuado. "Quando estávamos terminando a ata, no sentido de retomada do serviço, o representante da federação dos trabalhadores recebeu uma ligação e em seguida orientou os trabalhadores a não assinarem o acordo", contou.
Procurados para comentar sobre o que foi discutido na reunião, os trabalhadores, bem como seus representantes, não quiseram se manifestar.
NA JUSTIÇA
A Prefeitura de Paulínia informou que pretende ainda responsabilizar judicialmente os responsáveis pela paralisação, sob o argumento de que o transporte público se trata de um serviço essencial. Segundo a secretaria de Transportes, os manifestantes podem responder nas áreas trabalhistas, cível, e criminal.
SEGUNDO DIA DE PARALISÃO
Esse é o segundo dia de paralisação dos funcionários. O sindicato informou ainda que cerca de 200 funcionários paralisaram as atividades por volta de 9h30 de ontem e 50 ônibus ficaram paralisados na rodoviária de Paulínia.
Os trabalhadores informaram que pretendem paralisar 100% da frota e que não voltam ao trabalho até obterem um acordo com a Prefeitura e a concessionária responsável.