Médica de Campinas é convidada a debater tratamento precoce de covid em CPI
Reprodução: ACidade ON
Médica de Campinas é convidada a debater tratamento precoce de covid em CPI

A médica Zeliete Zambom, de Campinas, confirmou que irá participar da reunião sobre o tratamento precoce de covid-19 defendido pelo governo Bolsonaro na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia, no Senado Federal. O convite foi aprovado na quarta-feira (26) pelos senadores e nesta quinta-feira (27) a profissional afirmou que vai comparecer à reunião, como especialista. 

A médica e também presidente da Sociedade Brasileira de Medicina da Família deve falar aos senadores no dia 2 de junho, às 9h, sobre o uso precoce de medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina para combater o coronavírus. Ela não quis adiantar o seu posicionamento em relação ao tratamento precoce à reportagem do ACidade ON.

O médico Dráuzio Varella e os biólogos e pesquisadores Átila Iamarino e Natália Pasternak também foram chamados. Outros médicos também foram convidados, entre eles: Gonzalo Vecina Neto, Francisco Eduardo Cardoso Alves, Paulo Márcio Porto de Melo, Cláudio Maierovitch, Adriano Massuda, Pedro Hallal, Gulnar Azevedo e Silva, César Victora e Cristiana Maria Toscano.

Entre os médicos está ainda o ex-ministro da Saúde e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), José Gomes Temporão. Os requerimentos de convite para sua participação partiram dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Otto Alencar (PSD-BA).

Compõem a lista ainda o professor de infectologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clovis Arns da Cunha; a cientista e professora da Universidade de Harvard, Márcia Castro; a professora da USP Deisy Ventura e a pesquisadora da Fiocruz Maria Helena Machado.

AS REUNIÕES

O senado aprovou duas reuniões para debate do tratamento contra a covid-19 com medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina. Os parlamentares querem ouvir quatro especialistas, sendo dois a favor, como defendem os governistas, e dois contra o uso desses medicamentos, desaconselhado pela Organização Mundial de Saúde, pela Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, e outras instituições de pesquisa e de saúde.

TEMA DISCUTIDO

O tema tem sido bastante discutido durante os testemunhos prestados à CPI, pois dois dos ex-ministros da Saúde que deixaram o governo Bolsonaro Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich listaram entre as causas de suas saídas a pressão pela adoção do chamado "tratamento precoce" como política pública de saúde.



O outro ex-ministro, Eduardo Pazuello, e o atual ministro, Marcelo Queiroga, negaram que o governo tenha promovido a distribuição de cloroquina para o combate à pandemia de covid-19.

Outra depoente, a médica Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, promove o "tratamento precoce" e o defendeu nesta terça (25) na CPI, mas negou que o governo o tenha adotado como forma de implementar a chamada "imunidade de rebanho".

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