Os prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas)
decidiram na manhã desta terça-feira (1º) retomar as barreiras sanitárias
por conta do feriado prolongado
desta semana.
A ação quer evitar o fluxo de pessoas durante o feriado de Corpus Christi, comemorado na próxima quinta-feira (3). As barreiras terão início na quarta-feira à tarde, e seguem até domingo, dia 6 . A medida foi tomada após reunião da Agemcamp, que reúne o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas e os prefeitos das 20 cidades da RMC.
Segundo a Agemcamp, uma nova reunião junto com secretários e gestores de segurança dos municípios será feita amanhã (2) para definir detalhes. Nessa reunião também participam as polícias Militar e Civil.
A megaoperação tem também a intenção de evitar que as cidades tenham que adotar medidas restritivas rigorosas como as que passaram a valer em Amparo que decretou um lockdown nos próximos dois finais de semana . Em Campinas, ontem, a Prefeitura já informou que irá aumentar a Operação Toque de Recolher para inibir festas clandestinas no feriado .
COMO SERÁ?
A nova ação deve acontecer nos mesmos moldes da passada, quando a adoção de barreiras sanitárias foi feita para tentar reduzir a circulação de pessoas nessas cidades durante o período do feriado antecipado na cidade São Paulo no mês de março .
Na época, todos os 20 municípios que formam o bloco regional adotaram em conjunto as barreiras, que ficaram em vigor do dia 26 de março até 4 de abril. Os pontos de blitz das forças de segurança aconteceram em sua maioria nas entradas das cidades e principais avenidas, para evitar a entrada de turistas.
Em Campinas, durante o período blitzes foram realizadas nas principais entradas da cidade que dão acesso às rodovias, com abordagem e questionamento dos motoristas se o deslocamento era mesmo essencial. Mais de 1 mil veículos foram abordados durante o período.
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MEDIDAS RESTRITIVAS
Segundo o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), as barreiras são uma medida para o controle da circulação de pessoas e uma tentativa de novas medidas restritivas, que podem sim ser tomadas caso os casos de covid-19 continuem aumentando na região.
"Se não houver colaboração da população para evitar aglomerações, as cidades serão obrigadas a adotar medidas restritivas, como o retorno à Fase Vermelha do Plano SP. As aglomerações de hoje refletirão nos hospitais em duas semanas, com aumentos de casos de covid", afirmou Dário.
Segundo a Prefeitura, a intenção dos prefeitos com a megaoperação é evitar que as cidades tenham que adotar medidas restritivas rigorosas como as que passaram a valer em Amparo. O avanço da doença fez a cidade adotar, a partir desta terça-feira, as regras da Fase Emergencial, onde apenas serviços essenciais funcionam, e a decretar um lockdown nos próximos dois finais de semana.
Durante essa semana, os prefeitos decidiram por analisar os números de casos, internações e mortes. Caso os números não retrocedam, os prefeitos voltam a se reunir já no início da próxima semana para discutir a adoção de medidas mais restritivas.
Na tarde de hoje, o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos) já divulgou uma nova coletiva de imprensa , onde vai atualizar a situação da pandemia na cidade e divulgar novas informações sobre o controle da doença.