A Polícia Civil de Campinas vai investigar a denúncia de uma mulher que acusa um casal de xingamentos racistas
e tentativa de agressão
contra sua filha de apenas 1 ano e seis meses.
O caso aconteceu no bairro Botafogo, em Campinas,
na semana passada (veja vídeo abaixo). A mãe da criança, Júlia de Andrade, de 21 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o casal que também mora no bairro.
A situação ocorreu no dia 4 de junho, por volta de 21h, na Rua Hércules Florence. Segundo Júlia, ela e o pai da criança estavam com a filha no playground do prédio onde moram quando o casal, que passava pela rua, teria jogado pedras contra a menina. Além disso, os dois ainda teriam xingado a criança, falando que ela era "indigente".
"Falaram que coloquei um 'pedaço de merda', uma 'bosta no mundo'. Referiu-se a mim com palavras racistas, como 'encardida' e 'sujinha'. Eles também nos ameaçaram que 'iríamos ver com ele', que nossa vida 'iria virar um inferno'", disse Júlia.
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Ela afirmou ainda que o homem se apresenta como investigador de polícia no bairro e que andaria armado na rua ameaçando outras pessoas. Júlia afirmou que ele não mora no mesmo prédio, mas que já teria feito outras ameaças a crianças e até adultos na região. Segundo os moradores, há ao menos 20 boletins de ocorrência contra o vizinho. Julia e a família se mudaram para o prédio há cerca de duas semanas.
VÍDEOS
Em vídeos feitos por Júlia e vizinhos do prédio, é possível ouvir o homem dizendo que é "contra a violência física", mas que "não pôs essa merda de criança no mundo, essa bosta que saiu de você". A situação gerou comoção de outros vizinhos do edifício, que filmaram a cena. As imagens viralizaram nas redes sociais.
O problema, segundo a mãe, teria ocorrido por conta de barulho. "A gente estava brincando com a minha filha. E não eram nem 22h. Ele foi super racista comigo e não é a primeira vez. Jogaram pedras dentro do prédio para atingi-la".
No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, não há identificação do casal nem de seu endereço. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo foi procurada para comentar o caso, mas ainda não retornou o pedido de reportagem.