Mais da metade de recursos em pesquisa no Estado fica na Região de Campinas
Reprodução: ACidade ON
Mais da metade de recursos em pesquisa no Estado fica na Região de Campinas

Mais da metade dos recursos em investimentos anunciados para os P&D (Centros de Pesquisa e Desenvolvimento) no Estado de São Paulo dos últimos oito anos ficaram com a região administrativa de Campinas, mostrou o boletim divulgado neste mês pela Fundação Seade. Campinas foi o município com mais repasses, recebendo ao todo R$ 2,4 bilhões.

Segundo o levantamento, entre 2012 e 2020, R$ 6,1 bilhões foram repassados para os centros em São Paulo, e a região de Campinas ficou com R$ 3,3 bilhões (55%).

Em segundo lugar aparece a Região Metropolitana de São Paulo, que totalizou R$ 2,2 bilhões (32%). Desses, a capital paulista recebeu R$ 1,9 bilhão. As demais regiões somaram R$ 539 milhões.

PARA ONDE VAI O DINHEIRO? 

Na Região Administrativa de Campinas, o maior investimento anunciado (R$ 1,8 bilhão) foi destinado à instalação do novo acelerador de partículas, um dos dois mais modernos do mundo, no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), instalado em Campinas.

Outros destaques na região foram à instalação de unidades da Procter & Gamble (produtos de higiene e limpeza) em Louveira, e na Embrapa e UPL em Campinas.

As empresas Honda, de Sumaré, Hyundai, de Piracicaba e DuPont, de Paulínia também receberam investimentos. 

Já na Região Metropolitana de São Paulo, o valor mais elevado (R$ 614 milhões) foi referente à expansão do centro de P&D do Instituto Butantan, para desenvolvimento da vacina contra a dengue, em parceria com a Merck Sharp & Dohme.  

Também foram destaques a implantação dos centros de pesquisa da Uber (mobilidade urbana), da Aché (síntese molecular para novos ativos farmacêuticos), da Libbs (medicamentos biossimilares e biológicos) e o da ZTE, voltado para redes de telecomunicações.  


COMO FUNCIONA

Segundo a fundação, durante esse período, 67,8% dos investimentos foram destinados à ampliação e/ou modernização dos centros já existentes, enquanto os outros 32,2% se referem à implantação de novas unidades.  

Nos últimos dois anos, o total de inversões teve acentuada retração, porém, em 2020, o valor apurado para instalação de centros de pesquisa (R$ 171 milhões) foi o mais alto desde 2016.

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